Gomes muda conceito para escalar Dudu

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Por Agencia Estado
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Dudu Cearense é dois anos mais novo que Paulo Almeida (22 a 20), só veio para o Pré-Olímpico porque Júlio Baptista não foi liberado pelo Sevilla e Thiago Motta estava machucado, mas "engoliu" o volante do Santos - que antes do início do torneio esteve cotado até para ser o capitão do time - por estar muito mais próximo do "modelo ideal" de meio-campista de Ricardo Gomes. Para o treinador, os jogadores do meio-de-campo têm de ser os mais completos do time. "Quem joga nesse setor precisa saber marcar, desarmar, passar, chegar na frente e finalizar", diz. Paulo Almeida está longe de ter todas essas qualidades, mas se mantinha no time porque Ricardo o considera "muito bom" na marcação. "Quando um jogador de meio-de-campo é acima da média em um fundamento, vale a pena tê-lo no time. O perfil do Paulo Almeida é muito parecido com o do Mauro Silva, ou seja, são dois jogadores extremamente eficientes na marcação." Desde que assumiu o comando da Seleção Sub-23, Ricardo Gomes vinha usando um volante do tipo "cabeça-de-área" e um com mais capacidade para apoiar. Ele mudou o conceito a partir do jogo contra o Chile na primeira fase do Pré-Olímpico. No segundo tempo, quando o Brasil precisava desempatar o marcador para escapar da repescagem, ele colocou Dudu no lugar de Paulo Almeida e o time ganhou em lucidez sem ficar desprotegido. Ele não pôde escalar Dudu e Rochemback contra a Colômbia porque o jogador do Sporting estava suspenso, mas fixou a dupla a partir do clássico com a Argentina com a intenção de tornar o time mais ofensivo - Rochemback chuta bem e Dudu gosta de fazer tabelas e se projetar para receber em condição de finalizar dentro da área. A versatilidade também ajudou Wendell a ganhar a posição de Maxwell. Meio-campista de origem, ele foi convocado para ser o reserva da lateral-esquerda. Mas conquistou um lugar no time por ter convencido o treinador de que defende e ataca melhor do que o jogador do Ajax, que é um especialista na posição. Antes da estréia, Wendell chegou a treinar como titular no meio-de-campo em lugar de Daniel Carvalho. E jogou de meia na partida contra o Uruguai porque Elano estava se recuperando de uma torção no tornozelo esquerdo.

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