20 de julho de 2011 | 18h13
SÃO PAULO - Para ter uma arena em São Paulo com capacidade para receber a abertura da Copa do Mundo de 2014, o governador Geraldo Alckmin decidiu bancar a diferença de 20 mil lugares necessária para a primeira partida do torneio no futuro estádio em Itaquera. Isso custará cerca de R$ 70 milhões, valor que não está dentro do orçamento de R$ 820 milhões estipulado pela Odebrecht para a construção do estádio.
Carlos Armando Paschoal, diretor superintendente da Odebrecht, confirmou a informação. "Isso não está nos R$ 820 milhões. Não está no nosso contrato. Vai ser uma obra a ser contratada pelo governo do estado de São Paulo", garantiu, em entrevista à rádio CBN. O executivo explicou que o valor da obra está previsto para uma arena de 48 mil lugares, incluindo toda a estrutura de camarotes e dentro do padrão Fifa para uma abertura de Copa.
Desde o princípio, o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, bateu o pé dizendo que não pagaria a diferença para ter um estádio de abertura de Copa. O principal empecilho era a capacidade. No clube, todos entendiam que o custo de se manter um estádio maior era inviável. Assim, as pesquisas apontaram uma arena para 48 mil lugares, número que não se encaixava para uma abertura. A solução encontrada para ter o primeiro jogo foi convencer o governo estadual a completar a soma.
"O que o estado vai fazer é dar apoio logístico ao evento de abertura da Copa e não ao estádio do Corinthians. Após a realização dos jogos, essa estrutura será retirada. Nenhum parafuso dessa estrutura provisória ficará com o Corinthians", explicou Emanuel Fernandes, secretário estadual de Planejamento e Desenvolvimento e coordenador do Comitê Paulista.
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