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Governo prevê gastos de R$300 mi com instalações temporárias de estádios

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Por Redação
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O governo está confiante numa redução drástica nos custos das instalações temporárias que serão utilizadas na Copa das Confederações e na Copa do Mundo de 2014, disse uma fonte federal, admitindo que seria razoável incluir na matriz de responsabilidade do evento deste ano uma despesa de cerca de 300 milhões de reais. "As licitações estão em curso, mas esse seria um valor razoável", afirmou a fonte à Reuters, sob condição de anonimato, nesta quarta-feira. As licitações para o serviço de construção e montagem das instalações temporárias estão em curso e todo o processo será concluído no mês que vem nas seis cidades-sede da Copa das Confederações, que acontece de 15 a 30 de junho. "É uma redução drástica e significativa. Isso representa uma redução de mais de 50 por cento em relação aos preços iniciais sugeridos em consultas informais que fizemos", destacou a fonte. O caso mais marcante aconteceu em Recife, onde fornecedores locais chegaram a propor um custo equivalente a um quarto do orçamento da arena que está sendo erguida para a Copa das Confederações, segundo a autoridade. "Os fornecedores das cidades-sede argumentaram que os preços estavam nesse patamar porque havia uma série de incertezas como o tempo para liberação de equipamentos importados, questões de aduana e outros", disse a fonte. As estruturas temporárias tornaram-se fonte de dor de cabeça para as cidades-sede que chegaram a levar a preocupação aos governos estaduais e à Fifa. O tema foi debatido na última reunião da entidade que controla o futebol mundial com as autoridades brasileiras, no final de janeiro, e algumas medidas foram tomadas para diminuir os custos das instalações temporárias. Entre as medidas estão a flexibilização de especificação de equipamentos, o que causaria uma redução de 12 a 15 por cento nos preços, segundo a própria Fifa, além de uma pressão efetiva dos governos aos fornecedores do serviço. "Houve casos absurdos que sugeriam a possibilidade de uma cartelização", revelou a fonte. O compromisso de as cidades-sede bancarem as instalações temporárias foi firmado ainda na candidatura do Brasil para o Mundial. Entre as estruturas temporárias de responsabilidade das cidades estão gradeamento das arenas, montagem de barreiras no entorno dos estádios, centro de mídia, instalações para voluntários e outros. (Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)

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