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Governo teme violência em protestos durante a Copa do Mundo

O investimento federal total em segurança para o torneio será de R$ 1,9 bilhão

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Por Paulo Favero
Atualização:

FLORIANÓPOLIS - A Fifa e o governo federal apresentaram para as 32 seleções que vão disputar a Copa do Mundo o plano de segurança no torneio, que consiste no uso de 150 mil profissionais de segurança pública e das Forças Armadas, além de 20 mil agentes privados. Mas a maior preocupação é em relação às possíveis manifestações que podem ocorrer durante a competição em junho e julho. "O governo federal tem grande preocupação, mas não é com a manifestação em si, mas em prevenir e coibir as ações violentas nesses eventos", revelou Andrei Rodrigues, secretário Extraordinário de Segurança para Grandes Eventos do Ministério da Justiça.O investimento federal total em segurança será de R$ 1,9 bilhão, sendo que R$ 1,17 bilhão virá do Ministério da Justiça e R$ 708 milhões será do Ministério da Defesa. Durante a Copa das Confederações, as manifestações contra o aumento da passagem de ônibus em algumas capitais tomaram as ruas e o torneio passou a ser alvo também. Na avaliação do governo, a segurança funcionou. "Na Copa das Confederações teve um dia que havia mais de um milhão de pessoas nas ruas e nenhum jogo sofreu intercorrência, nenhuma delegação sofreu dano", continuou Rodrigues. Ele explicou que o objetivo não é proibir as manifestações, que são legítimas em um país democrático, mas fazer a separação entre vândalos e manifestantes. No plano de segurança da Copa há ainda uma pessoa responsável por cada delegação no que se refere à segurança. Segundo Hilário Medeiros, gerente de segurança do COL, esses profissionais farão a ligação entre as equipes e os organizadores do evento. "São profissionais que tiveram 30 anos na atividade pública. O critério que o Comitê utilizou foi buscar profissionais do exército, polícia militar, delegados e agentes do ministério da Justiça. Eles atendem o requisito de disciplina e hierarquia. A partir de agora começam a fazer um trabalho de ligação das delegações. Ainda por cima, todos falam inglês e alguns ainda falam a língua do país que vão auxiliar", disse.

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