PUBLICIDADE

Publicidade

Gramado encharcado atrapalha e Avaí e Cruzeiro só empatam na Ressacada

Por Gabriel Melloni
Atualização:

Avaí e Cruzeiro fizeram neste sábado, na Ressacada, um jogo no qual o protagonista não foi nenhum jogador, treinador ou o árbitro. O gramado encharcado, fruto das fortes chuvas que vêm caindo em Florianópolis, deixou o confronto imprevisível, brigado e feio. No fim, o empate por 1 a 1, pela 33.ª rodada do Campeonato Brasileiro, foi justo pelo pouco futebol que ambas as equipes puderam apresentar.O resultado não foi dos melhores para nenhum dos dois lados, mas acabou sendo pior para o Avaí, que chegou a 35 pontos, em 16.º, e pode terminar a rodada na zona do rebaixamento. No próximo sábado, viaja a Curitiba para enfrentar o Atlético-PR. Já o Cruzeiro ampliou a sequência invicta para nove partidas, subiu para 45 pontos e é o décimo. Domingo que vem, dia 8, recebe o São Paulo no Mineirão.O desempenho de ambas as equipes foi atrapalhado desde o início pelo gramado encharcado. Com a forte marcação dos dois lados e a impossibilidade de tocar bola por causa do campo, as chances foram escassas. O Avaí até chegou primeiro aos 16 minutos, quando Romulo aproveitou erro de Manoel e tocou forte demais para André Lima.Mas no geral, o primeiro tempo foi cruzeirense. Aos 17, Willian recebeu de frente para o gol, mas se complicou com o gramado, a bola travou na água e a defesa cortou. Aos 26, foi a vez de Marcos Vinícius sofrer com as condições do campo e pegar mal na bola.Ao mesmo tempo que impossibilitava a elaboração de jogadas, a água também complicava as defesas, que erravam bastante. Aos 38 minutos, De Arrascaeta perdeu a melhor chance do primeiro tempo. A zaga do Avaí ficou indecisa após lançamento longo de Fabrício e o uruguaio ficou de frente para o gol. Só que ele também foi traído pelo quique da bola e não conseguiu finalizar como queria.O Cruzeiro voltou diferente e bem mais incisivo para o segundo tempo. Com três minutos, chegou duas vezes. Na primeira, Willian foi lançado pela esquerda e encheu o pé, para fora. Na segunda, Antonio Carlos errou, traído pela poça d''água, e De Arrascaeta rolou no meio para Marcos Vinícius, que não soube aproveitar.Mas justamente quando parecia que o Cruzeiro embalaria, o Avaí abriu o placar em um lance quase despretensioso. Manoel perdeu a bola na intermediária, Romulo ficou com ela e, sem espaço, encheu o pé de longe, desequilibrado, quase caindo para trás. A bola saiu forte, no ângulo esquerdo de Fábio, que só observou.O gol minguou o ímpeto cruzeirense. O time perdeu a ofensividade do início do segundo tempo e passou a viver de lançamentos longos, como na etapa inicial. Mano Menezes, então, foi para cima, com as entradas de Leandro Damião e Julio Baptista. Aos 28 minutos, Damião começou a justificar sua entrada ao disputar uma bola no alto com Vagner. A sobra ficou com Willian, que perdeu mesmo sem goleiro.Mas foi no minuto seguinte que o centroavante mostrou faro de artilheiro. A arma usada pelo Cruzeiro foi a mesma: o lançamento longo. Willian foi mais rápido que Romário, aproveitou o cochilo do lateral e rolou para Damião. O atacante tocou de carrinho para a rede.O gol até empolgou o Cruzeiro, que chegava nos contra-ataques. Mas era o desesperado Avaí que levava mais perigo. Aos 43, Anderson Lopes tentou de longe, mas Fábio espalmou a última boa chance da partida.FICHA TÉCNICA:AVAÍ 1 X 1 CRUZEIROAVAÍ - Vagner; Nino Paraíba, Antonio Carlos, Jubal e Romário; Renan (Anderson Lopes), Eduardo Neto, Camacho (Marquinhos) e Everton Silva (Tinga); Romulo e André Lima. Técnico: Gilson Kleina.CRUZEIRO - Fábio; Ceará (Fabiano), Manoel, Bruno Rodrigo e Fabrício; Charles (Leandro Damião), Henrique, Ariel Cabral, Marcos Vinícius e De Arrascaeta (Julio Baptista); Willian. Técnico: Mano Menezes.GOLS - Romulo, aos sete, e Leandro Damião, aos 29 minutos do segundo tempo.ÁRBITRO - Raphael Claus (SP).CARTÕES AMARELOS - Camacho, Eduardo Neto (Avaí), Charles, Marcos Vinícius (Cruzeiro).RENDA - R$ 75.134,00.PÚBLICO - 5.345 torcedores.LOCAL - Estádio da Ressacada, em Florianópolis (SC).

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.