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Grandes jogos da Copa do Mundo de 1958

Brasil cresceu na reta final do torneio, com vitórias por 5 a 2 sobre França e Suécia

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Por Almir Leite
Atualização:

O Mundial da Suécia não contou apenas com massacres da seleção brasileira. Até as semifinais, a única vitória mais elástica do Brasil havia sido na estreia, com os 3 a 0 sobre a Áustria. Entretanto, o melhor estava guardado para o fim, com goleadas sobre França e Suécia na semi e na final, respectivamente.

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INFOGRÁFICO - Brasil, a camisa mais pesada do futebol mundial

A vitória sobre os franceses que levou a seleção brasileira à final da Copa foi um jogo memorável. Em campo, duas equipes que preferiam o futebol ofensivo, ainda que corressem risco. A diferença de três gols pode dar a impressão de que o jogo foi fácil para o Brasil. No primeiro tempo não foi. A França tambémcriou várias chances e só não complicou porque o goleiro Gylmar e os zagueiros Orlando e Bellini estavam inspirados.

Nilton Santos abraça Pelé e comemora título com Garrincha e Gylmar. Foto: Reprodução

Além disso, o Brasil tinha Pelé e Garrincha em grande tarde. Vavá foi o matador de sempre. Didi minava a confiança dos adversários com dribles desconcertantes. Isso fez a diferença.

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Vavá marcou logo aos 2 minutos, aproveitando passe de Didi após saída errada dos franceses. Mas aos 8, Fontaine entrou por trás da zaga e empatou- foi o primeiro gol que o Brasil tomou na Copa. O primeiro tempo se manteve equilibrado até Didi acertar uma bomba no ângulo, aos 39 minutos.

Na etapa final, o Brasil deslanchou diante de uma atônita França. Pelé, aos 7, aos 19 e aos 29, marcando com o pé direito e com o esquerdo, construiu a goleada e a passagem à decisão. Piantoni até dminiu aos 39, mas naquela altura as 27 mil pessoas que estavam no estádio Rasunda só viam, e aplaudiam, uma equipe em campo: o Brasil.

Suécia 2 x 5 Brasil

Após eliminar a Alemanha na semifinal e contando com o apoio incondicional da torcida, a Suécia passou a acreditar que poderia ser campeã mundial. Respeitava o Brasil de Pelé, Garrincha, Didi e cia., mas tinha fé de que o fator casa faria diferença.

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O problema é que era praticamente impossível parar o Brasil. As grandes atuações da seleção a partir das quartas começaram a chutar para longe o "complexo de vira-latas'' e o time entrou confiante para a decisão.

Nem mesmo o gol de Liedholm aos 4 minutos abalou a equipe. Didi, então, foi ao fundo do gol pegar a bola e caminhou tranquilo e confiante com ela até o meio de campo. Foi a senha para o time reagir. Logo Vavá empataria (9 minutos). Pouco depois, aos 32, ele viraria.

A torcida sueca se rendeu. Em campo, o time anfitrião também. Aí, no segundo tempo só deu Brasil. Pelé marcou um golaço com direito a chapéu no goleiro para fazer o terceiro. Zagallo enfim fez seu gol na Copa. O segundo gol sueco, marcado em posição de impedimento por Simonsson, apenas serviu de consolo para os donos da casa. Pelé ainda usaria a cabeça para fazer o quinto. E finalmente a taça, levantada por sobre os ombros por Bellini num gesto que se tornaria eterno, era do país do futebol.

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NÚMEROS DA COPA

16 seleções participaram da Copa

126 gols foram marcados, em 35 partidas

3,6 foi a média de gols por jogo

23 gols fez a França em seis jogos, o melhor ataque

13 gols marcou o artilheiro Just Fontaine

919.580 pessoas foi o público pagante

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Checoslováquia 6 x 1 Argentina foi o placar com maior diferença

França 7 x 3 Paraguai foi o jogo com mais gols

Brasil 0 x 0 Inglaterra, foi o primeiro jogo sem gols da história das Copas

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