Greve de jogadores fracassa e Paulistão não será paralisado

Sindicato de Atletas e Bom Senso FC não conseguiram adesão para o movimento

PUBLICIDADE

Foto do author Raphael Ramos
Por Raphael Ramos
Atualização:

SÃO PAULO - A proposta de greve geral dos atletas e paralisação do Campeonato Paulista perdeu força e a sétima rodada do Estadual será aberta nesta sexta-feira com a partida entre Oeste e Ituano, em Catanduva. O Sindicato de Atletas Profissionais do Estado de São Paulo e o Bom Senso FC não conseguiram a adesão dos jogadores dos 20 clubes que disputam o Paulistão. Até mesmo entre os jogadores do Corinthians, que foram ameaçados por torcedores durante invasão do CT no último sábado, o apoio ao movimento não foi unânime. O presidente do sindicato, Rinaldo Martorelli, chegou a convocar uma Assembleia Geral Extraordinária para a manhã desta quinta-feira para votar a greve, mas a proposta fracassou.O sindicato solicitou ao Ministério Público que fosse proposto aos clubes a assinatura de um TAC (Termo de Ajuste de Conduta) no qual os presidentes se comprometeriam a não financiar torcidas organizadas. Com o esse documento, a diretoria do sindicato entende que  a segurança dos atletas está garantida e, assim, não haveria mais necessidade de fazer greve. A assinatura do TAC deve ocorrer nesta sexta-feira.A proposta era que a greve fosse geral para que nenhum clube corresse o risco de ser punido pela Federação Paulista de Futebol. Os dirigentes dos clubes também apresentam aos atletas que a paralisação poderia fazer com que os patrocinadores rompessem seus contratos por causa da falta de exposição de suas marcas. Havia também o temor que a TV Globo cortasse os repasses aos clubes.“Já expliquei aos jogadores às consequências negativas de uma greve. A paralisação teria um sentido por melhorias no futebol, calendário e tabela. Agora, o que houve aqui foi um problema de segurança pública, não faz parte do futebol, faz parte da sociedade. Vamos jogar domingo contra o Mogi Mirim”, disse o presidente do Corinthians, Mário Gobbi.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.