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Guarani: dirigente e técnico sob pressão

Por Agencia Estado
Atualização:

A crise é total no Guarani. Começa pelas dificuldades financeiras, agravada pelas brigas diretivas e refletindo no time de futebol que após cinco rodadas ocupa a perigosa zona de rebaixamento no Campeonato Brasileiro da Série B. Debaixo de forte pressão estão o presidente José Luiz Lourencetti e o técnico José Carlos Serrão. O técnico foi vaiado pela torcida após o empate, em 1 a 1, com o Grêmio, sábado, no Brinco de Ouro. Ele reconhece que somar cinco pontos em 15 disputados é pouco, mas lembra que "nosso time evoluiu e só agora estamos recebendo alguns reforços". O técnico espera ter durante a semana as inscrições regularizadas de mais três reforços: o lateral-esquerdo Adavilson, o meia Fábio Júnior e o atacante Reinaldo. O volante Umberto e o atacante Wágner já estrearam na última rodada. Existe a esperança do time ganhar força nos próximos jogos, mas os dois compromissos serão fora de casa diante do Sport Recide, dia 27, e Marília, dia 4 de junho. O goleiro Jean, fora há dois jogos por uma contusão muscular na coxa, continua sendo dúvida. Fernando deve continuar como dono da camisa um. No âmbito administrativo é aguardada com muita expectativa a reunião do conselho deliberativo nesta terça-feira à noite. Em princípio seria uma reunião apenas de trabalho, mas pode detonar uma nova crise no clube. Isolado no poder, o presidente José Luiz Lourencetti, no cargo desde 1999, trocou sua diretoria em fevereiro abrindo espaço para a formação de um grupo de apoio denominado conselho gestor, formado por cinco pessoas. Este grupo, porém, promoveu uma ampla auditoria no clube, levantando mais de 80 irregularidades contábeis e uma dívida em torno de R$ 60 milhões. Eles teriam também levantado casos de nepotismo, além de formalizações de contratos duvidosos como a recente parceria firmada com o Atlético Paranaense, no qual foram cedidos 10 jogadores do clube ao valor de R$ 3 milhões, com um terço disso, R$ 1 milhão, já tendo entrado nos cofres do clube campineiro. A origem e o destino deste dinheiro devem ser questionados pelo conselheiros.

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