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Guarani muda departamento de futebol

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Por Agencia Estado
Atualização:

A diretoria do Guarani iniciou um processo de ampla renovação no departamento de futebol do clube. Pela manhã demitiu o técnico Jair Picerni e à tarde apresentou o experiente Pedro Pires de Toledo, Pedrinho, como coordenador técnico, mas ainda não definiu um técnico para comandar o time diante do Palmeiras, domingo, na sua despedida dentro do Campeonato Paulista. Pedrinho poderá dirigir interinamente o time. Ele vai orientar os treinos desta quarta-feira. Curiosamente antes mesmo de apresentar seu novo técnico, a direção anunciou Flamarion Nunes como auxiliar técnico. Ex-volante do Guarani e do Cruzeiro na década de 70, ele já tem experiência na função e trabalhou vários anos no mundo árabe, muitos vezes ao lado de Renê Simões, ex-técnico da seleção brasileira feminina. Em princípio, tudo deve ficar sob controle de Pedro Pires, de 58 anos, com formação básica em educação física e larga experiência no futebol, inclusive internacional, tanto como fisicultor como técnico. Ele também já trabalhou diversas vezes no clube nas décadas de 70 e 80. Mas está voltando às origens motivado: "O meu objetivo é implantar uma metodologia de trabalho, englobando as divisões de base até o profissional". Novo técnico - O novo coordenador também alertou que a definição do novo técnico deve acontecer com calma, provavelmente para o começo da próxima semana. O perfil deste novo técnico seria do tipo "caseiro" ou com experiência na Série B do Brasileiro. Nesta linha enquadram-se: Barbiéri, ex-jogador do clube e atualmente no Criciúma; Giba, da Portuguesa; Carbone, que na semana passada assumiu o Sertãozinho; José Carlos Serrão, do Mogi Mirim; Paulo Comelli, ex-Ituano, Marília e Portuguesa; e Heron Ferreira , ex-Santa Cruz e Náutico. A saída de Jair Picerni já era esperada. Ele vinha sendo ?fritado? pelos dirigentes e não escondia o desgaste pela má campanha no Paulistão. Com 23 pontos, o Guarani está praticamente fora da ameaça do rebaixamento. Além disso, o salário de Picerni era muito alto: R$ 65 mil por mês, com a promessa de um reajuste de mais R$ 15 mil a partir de maio. "O clima não estava bom mesmo. Fiz o que era melhor para mim e para o clube", comentou o ex-técnico. O presidente José Luiz Lourencetti garantiu que "tudo foi resolvido em comum acordo". E também jurou que vai agir conforme a realidade econômica do clube, seguindo orientação do Conselho Gestor, grupo de apoio ao dirigente. Lourencetti lembrou que formará um time com perfil da Série B do Brasileiro, onde participam sete paulistas. "Vamos buscar profissionais mais acostumados à Segunda Divisão. Já trouxemos três reforços e mais três devem chegar até o final de semana", prometeu. Os atacantes Fábio Costa e Mendes, do Mogi Mirim, e o meia Alexandre Salles, da Internacional, já assinaram contratos. Eles não foram indicados pelo ex-técnico bugrino, que vinha se queixando constantemente de ter sido abandonado pelos dirigentes. Era sinal do fim do casamento. Junto com Picerni deixaram o clube o auxiliar Fred Smânia e o supervisor Jair Squarizzi.

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