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Guarani tenta ver ?lado bom da crise?

Na zona de rebaixamento e sem somar pontos há seis rodadas, o time ainda tenta explorar o lado positivo na crise em que se encontra.

Por Agencia Estado
Atualização:

O Guarani ainda tenta encontrar uma luz no fim do túnel nesta reta final do Campeonato Paulista da Série A-1. Na zona de rebaixamento e sem somar pontos há seis rodadas, o time ainda tenta explorar o lado positivo na crise em que se encontra. O técnico Carlos Alberto Silva disse que o seu elenco é o que tem menor média de idade de jogadores de toda a competição, com 22 anos, e todos eles ainda darão muitas alegrias aos torcedores. "O grupo é muito bom, mas está sendo vítima desta inexperiência. Acabou sentindo a pressão dos adversários e da própria torcida, depois dos insucessos. Mas isso não quer dizer que não sejam grandes jogadores. Todos estão encarando essa má fase de cabeça erguida e confiantes de que vão tirar o time das últimas colocações", explica o treinador. Considerado um mito no estádio Brinco de Ouro da Princesa, Silva foi o comandante do Guarani na vitoriosa campanha de 1978, quando o Guarani conquistou o título brasileiro. Em suas outras passagens pelo clube, sempre foi bem sucedido. Desta vez, porém, o treinador coloca toda a sua carreira em jogo, já que o Guarani corre sério risco de rebaixamento. Carlos Alberto Silva, inclusive, pode ser conhecido como o técnico que deu o maior título da história do Guarani e também pelo fato de ter levado o Guarani ao descenso. O time de Campinas, aliás, é o único de todo o Interior que nunca caiu para a segunda divisão. O próprio treinador reconhece que a atual situação é delicadíssima. "Este é o pior momento da minha carreira", confirma o técnico. Apesar do treinador ainda tentar encontrar motivação no meio de tantos problemas, a diretoria vai além e credita a má fase a possíveis exageros da imprensa. Além das reclamações sobre a arbitragem, que teria prejudicado o time em dois ou três jogos, e o azar, os dirigentes acham que a mídia tem culpa pela pressão que a torcida vem fazendo há algum tempo. Os números, porém, não deixam dúvidas quanto a sofrível campanha. Com apenas 14 pontos conquistados em 13 jogos, o Guarani ocupa a antepenúltima posição na classificação e corre sério risco de rebaixamento. O time é dono do pior ataque do campeonato, por que marcou 14 gols, e não soma pontos há seis rodadas. Foram cinco derrotas e um empate sem gols contra a Matonense, que ainda venceu a disputa nos pênaltis. Se não bastasse isso, a diretoria constantemente tem atrasado os salários dos jogadores. Independente de um possível rebaixamento, as mudanças no departamento de futebol já estão previstas para as disputas do segundo semestre, tanto no profissional quanto no amador. O técnico Lori Sandri, do Botafogo de Ribeirão Preto, inclusive, seria o principal nome para comandar o time no Campeonato Brasileiro. Para fugir definitivamente do rebaixamento, o Guarani precisa vencer os dois próximos jogos, contra o Botafogo, domingo, fora de casa, e Portuguesa Santista, no dia 29, em Campinas. Os dois adversários, porém, brigam diretamente pela classificação e não podem nem pensar em empate. Os desfalques para o jogo em Ribeirão Preto são o zagueiro Edu Dracena, o meia Fumagalli e o volante Fausto, que cumprem suspensão. O goleiro Edervan, com dores no cotovelo, e os atacantes Marcinho e Henrique, que reclamaram de dores musculares, são as dúvidas do técnico Carlos Alberto Silva. Em compensação, retornam ao time o zagueiro Ernani, o volante André Gomes e o atacante Zé Carlos, que cumpriram suspensão na última rodada. Para atrair a atenção da torcida nesta reta final do campeonato, a diretoria vai custear a passagem e a entrada dos interessados em assistir a partida em Ribeirão. Além disso, os torcedores que participarem da caravana no domingo ainda terão direito a assistir o jogo contra a Portuguesa Santista, no dia 29, em Campinas, gratuitamente. A expectativa é de levar três mil pessoas ao estádio Santa Cruz, em Ribeirão Preto.

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