Com o objetivo de enterrar no passado a crise provocada por uma greve equivocada e na esperança de ainda conquistar uma vaga na Copa Sul-Americana de 2004, o Guarani enfrenta o Atlético-PR, neste sábado, às 17 horas, na Arena da Baixada, em Curitiba, pela antepenúltima rodada do Campeonato Brasileiro. A última derrota em casa, para o Corinthians por 1 a 0, foi creditada ao clima de instabilidade provocado após a greve dos jogadores no dia 14. A diretoria já vinha negociando o pagamento de valores atrasados, mas os jogadores optaram por não treinar. Após a derrota no Brinco de Ouro, domingo, o time foi cobrado e xingado pela torcida. "É um ponto que o grupo todo precisa superar. Neste momento, jogar fora de casa é melhor para a gente", diz o zagueiro Bruno Quadros. Só que o retrospecto é péssimo. Em 21 jogos, foram 12 derrotas, sete empates e apenas duas vitórias. Com 58 pontos e na 12ª posição, o Guarani ainda acredita que pode garantir uma vaga na Sul-Americana. O time sofrerá três mudanças, duas delas no meio campo. O experiente Esquerdinha perdeu a vaga para Gláuber, um zagueiro que atuará como volante na frente da defesa. Com o meia Simão vetado pelo departamento médico, o jovem Dinelson, de apenas 17 anos, ganha outra chance. "O Gláuber é muito forte na marcação e o Dinelson é bastante ofensivo. Então, assim, consigo o equilíbrio no meio campo", justificou o técnico Barbieri. A terceira mudança já era esperada: o retorno de Rodrigão no comando de ataque no lugar de Rafael Silva, que caiu de produção nos últimos jogos. "O Rodrigão nunca desanimou nos treinos e está louco de vontade para jogar", comentou o técnico. Rodrigão, mesmo não sendo titular absoluto, é vice-artilheiro do time, com 11 gols, três a menos do que Wágner, seu companheiro de ataque. Os dois marcaram juntos 25 gols, portanto, mais de um terço dos 66 gols marcados pelo time na competição.