Guia do Brasileirão 2020: Clubes adotam posturas distintas para chegar bem na competição

Há equipes que apostam no entrosamento, outras em grandes nomes, algumas contam com técnico como diferencial e ainda tem aquelas que tentam surpreender

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Por , Vinícius Saponara , Wilson Baldini Jr e Leandro Silveira
Atualização:

Nas últimas cinco edições do Campeonato Brasileiro, apenas a última foi vencida por um time fora do Estado de São Paulo. O Flamengo, de Jorge Jesus, foi o campeão, deixando Santos e Palmeiras para trás e quebrando a sequência de paulistas - Corinthians e Palmeiras venceram duas vezes cada. 

Além dos cinco clubes do Estado que lutam pelo título neste caso - Corinthians, Palmeiras, Red Bull Bragantino, Santos e São Paulo, outros 15 estão na briga pela taça da principal competição nacional do Brasil. O Estadão dá um panorama geral de cada uma dessas equipes. 

Flamengo comemora o título de campeão brasileiro Foto: Maurício Val/FVImagem

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ATHLETICO

O Athletico-PR tenta provar que pode ser competitivo mesmo após sofrer baixas no elenco e até na comissão, com a saída de Tiago Nunes ao fim da temporada passada. O, hoje, técnico do Corinthians marcou história no clube rubro-negro no clube e é Dorival Júnior quem tem a missão de comandar a equipe. 

“Nós estamos ainda em formação, depois do clube perder vários jogadores importantes. Mas a resposta tem sido muito positiva, com o grupo entendendo bem a nossa filosofia de trabalho. Mas é preciso um pouco de paciência, porque o time novo requer tempo para chegar ao seu melhor rendimento", afirmou o treinador Dorival Júnior, logo após a conquista do tricampeonato paranaense.

O problema é que, além de Tiago Nunes, o elenco também perdeu jogadores que fizeram nome no clube como o zagueiro Léo Pereira, o lateral Renan Lodi, o volante Bruno Guimarães, e os atacantes Marco Rubén, Marcelo Cirino e Rony e Robson.

  • TIME-BASE - Santos; Adriano, Thiago Heleno, Lucas Halter e Abner; Wellington, Léo Cittadini e Marquinhos Gabriel; Nikão, Carlos Eduardo e Bissoli. Técnico: Dorival Júnior.

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é preciso um pouco de paciência, porque o time novo requer tempo para chegar ao seu melhor rendimento

Dorival Júnior, técnico

ATLÉTICO GOIANIENSE

O Atlético-GO quer apagar a má impressão deixada em 2017, quando havia jogado pela última vez na elite do Campeonato Brasileiro. Naquela ocasião, o time acabou sendo rebaixado para a Série B com a pior campanha e apenas nove vitórias em 38 jogos. "Quero muito permanecer na Série A com o menor orçamento do futebol brasileiro, com muito trabalho, disposição e motivação para superar a adversidade financeira", ressaltou o presidente Adson Batista. A folha salarial para o Brasileirão gira em torno de R$ 1,4 milhão.

Foram realizadas muitas mudanças em relação ao elenco que conquistou o acesso no ano passado com a quarta melhor campanha da Série B. Entre as principais contratações estão o goleiro Jean (ex-São Paulo) e o o meia Everton Felipe (ex-São Paulo e Cruzeiro). No início de julho, a diretoria anunciou a contratação do técnico Vágner Mancini.

  • TIME-BASE - Jean; Dudu, Éder, Gilvan e Nicolas; Edson, Marlon Freitas, Jorginho; Everton Felipe, Renato Kayzer e Gustavo Ferrareis. Técnico: Vágner Mancini.

Jorge Sampaoli, técnico do Atlético-MG Foto: Bruno Cantini/ Atlético-MG

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ATLÉTICO MINEIRO

Após eliminações precoces na Copa do Brasil e na Sul-Americana, o Atlético-MG decidiu investir alto para a disputa do Campeonato Brasileiro. O clube inicia torneio apostando no trabalho do técnico Jorge Sampaoli e na chegada de jovens reforços para retomar o protagonismo na competição.

Junto ao treinador argentino, também chegaram elevados investimentos, até para atender as suas exigências. Desde a pandemia, o clube fechou com sete reforços para a disputa do Brasileirão: Léo Sena, Marrony, Bueno, Junior Alonso, Alan Franco, Keno e Mariano. E a maioria deles será titular no Brasileirão.

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  • TIME-BASE - Rafael; Mariano, Alonso, Rever e Guilherme Arana; Allan, Alan Franco e Nathan; Savarino, Marrony e Keno. Técnico: Jorge Sampaoli.

BAHIA

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Apontado como o time nordestino com mais chances de surpreender na temporada 2020, o Bahia teve um primeiro semestre abaixo do esperado para dirigentes e torcedores. O clube foi eliminado logo na primeira fase da Copa do Brasil, após ser derrotado pelo River-PI, por 1 a 0. Na Copa do Nordeste, perdeu na decisão para o Ceará por 4 a 1 no placar agregado dos dois jogos. Assim, time e Roger Machado chegam pressionados ao Campeonato Brasileiro.

A diretoria investiu pesado e contratou jogadores de renome, como os meias Rodriguinho e Clayson, ex-Corinthians, e o atacante Rossi, ex-Vasco. Além disso, segurou peças importantes como os atacantes Gilberto e Fernandão, além do goleiro Douglas, que perdeu a titularidade recentemente para Anderson.

"Eu acho que todos os jogos para a gente serão um desafio. O campeonato inteiro vai ser um desafio para a gente. Vai ser um campeonato aguerrido, forte e agora com essa não presença do público, a gente, que tem uma torcida muito forte, tem que fazer valer nosso mando de campo dentro do nosso jogo, impondo respeito. Acho muito importante a gente saber disso e colocar em prática quando estiver jogando", disse Gilberto.

  • TIME-BASE: Anderson; João Pedro, Lucas Fonseca, Juninho e Juninho Capixaba; Gregore e Flávio; Élber, Rodriguinho e Clayson; Gilberto. Técnico: Roger Machado.

Eu acho que todos os jogos para a gente serão um desafio. O campeonato inteiro vai ser um desafio para a gente

Gilberto, atacante do Bahia

BOTAFOGO

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O técnico Paulo Autuori foi o comandante do time do Botafogo campeão brasileiro em 1995. Passado um quarto de século, o treinador sabe que não tem nas mãos, por enquanto, um elenco tão talentoso como aquele que conquistou o título diante do Santos. Por isso, ele aposta na versatilidade de seus jogadores.

"A minha intenção não é ter só um time. Preciso de outros jogadores, não só os que vão jogar. Sabemos que o Botafogo não tem condições de agir como gostaria, mas estou satisfeito com as contratações e estamos trabalhando bem. A tendência é positiva", disse o treinador, que não conseguiu levar a equipe para a conquista do título estadual, mas aprovou o desempenho nos dois amistosos feitos diante do Fluminense no pós-quarentena, na preparação para o Brasileirão.

O elenco de Autuori tem a média de 26 anos, mas possui três nomes de peso no futebol internacional, que poderão, com sua experiência, buscar resultados importantes na temporada. É o caso do goleiro paraguaio Gatito Fernandez, do meia japonês Honda e do atacante Kalou. O trio poderá ser importante para dar suporte a talentos como Bruno Nazário e Luis Henrique, candidatos a serem as revelações do Brasileirão.

  • TIME-BASE: Gatito Fernandés; Barrandeguy (Marcinho), Marcelo Benevenuto, Kanu (Forster) e Victor Luis; Caio Alexandre, Bruno Nazário e Honda; Kalou, Pedro Raul e Luis Henrique. Técnico: Paulo Autuori.

CEARÁ

O Ceará entra no Campeonato Brasileiro respaldado com a sua recente conquista da Copa do Nordeste. O clube alvinegro apostou em medalhões, a exemplo do atacante Rafael Sóbis, ex-Inter, e do goleiro Fernando Prass ex-Palmeiras, para superar a sua melhor campanha na competição nacional, o sétimo lugar em 1982.

No Brasileirão, o "sarrafo" aumenta e o técnico Guto Ferreira terá de provar se o Ceará está pronto para buscar uma vaga na Copa Libertadores. Dois jogadores chamam atenção no elenco do clube alvinegro. São eles: o meia Vinícius, eleito o craque da Copa do Nordeste, e o atacante Cléber, ex-Barbalha, que roubou a vaga de Rafael Sóbis para se transformar em herói do título.

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"Temos condições de fazer um bom campeonato. A gente sabe a dificuldade que é um Campeonato Brasileiro. Uma competição muito longa, agora ainda com o calendário apertado, com grandes equipes com nível técnico muito alto e muito equilibrado. E que às vezes o líder perde para o lanterna, coisa que não acontece em muitos campeonatos", falou Fernando Prass.

  • TIME-BASE - Fernando Prass; Samuel Xavier, Klaus , Luiz Otávio e Bruno Pacheco; William Oliveira, Fabinho, Vinícius e Fernando Sobral; Cléber e Leandro Carvalho. Técnico: Guto Ferreira.

CORITIBA

O Coritiba está de volta à Série A do Campeonato Brasileiro após dois anos seguidos na segunda divisão. A missão, em primeiro lugar, é se manter entre os melhores clubes do futebol nacional. 

Para isso, o time paranaense aposta em uma fórmula diferente: sangue novo no banco de reservas e experiência em campo. Eduardo Barroca, que subiu com o Atlético-GO no ano passado, será o responsável por comandar o time paranaense. Em campo, nomes conhecidos como Alex Muralha, Rafinha, Sassá e Neilton.

Se quiser se desafiar um pouco mais, Barroca buscará a melhor classificação do Coritiba nos pontos corridos. Até aqui, foi o quinto lugar em 2003. Na galeria do clube, está o troféu de campeão brasileiro de 1988.

  • TIME BASE - Alex Muralha; Patrick Vieira, Rhodolfo, Sabino e William Matheus; Nathan Silva, Matheus Galdezani e Gabriel; Robson, Rafinha e Igor Jesus. Técnico: Eduardo Barroca.

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FLAMENGO

Apostando mais uma vez em um técnico estrangeiro, o Flamengo tentará repetir a partir deste fim de semana o belo futebol exibido em 2019 e o título do Brasileirão. Para buscar o bicampeonato, o que não conquista desde as campanhas vitoriosas de 1982 e 1983, o time carioca tem a seu favor a manutenção de praticamente todos os titulares que levantaram o troféu do ano passado. A incógnita recai sobre o trabalho do espanhol Domènec Torrent.

Discípulo de Pep Guardiola, Torrent desembarcou no Ninho do Urubu com status de aposta. O espanhol ainda não brilhou sozinho em um mercado de peso do futebol mundial. Até agora sua única conquista como técnico foi o título da quarta divisão da Espanha, com o Girona.

Se há interrogação no comando, não há dúvidas no elenco. Dos titulares campeões de 2019, apenas um foi embora: o zagueiro Pablo Marí foi negociado com o Arsenal. Para o seu lugar, a diretoria trouxe Léo Pereira, novo titular, ao lado de Rodrigo Caio. As demais peças foram mantidas e o banco reforçado com Pedro, Michael, Pedro Rocha, Gustavo Henrique e Thiago Maia. 

  • TIME-BASE - Diego Alves; Rafinha, Rodrigo Caio, Léo Pereira e Filipe Luís; Willian Arão, Everton Ribeiro, Gerson, Arrascaeta; Bruno Henrique e Gabriel. Técnico: Domènec Torrent.

FLUMINENSE

O Fluminense inicia o Brasileirão com diversas preocupações no elenco. Uma série de lesões e a chance de perder jogadores para o mercado internacional vão permear a trajetória da equipe carioca neste começo de campeonato, em que a torcida espera sofrer menos do que no ano passado, quando o time correu risco de rebaixamento.

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Principal aposta do time para a temporada, o atacante Fred se recuperou de cirurgia no olho esquerdo, que o deixou de fora da reta final do Estadual e espera liderar o time na competição. O que preocupa a torcida é o assédio aos jovens que vem ganhando espaço na equipe, caso dos atacantes Marcos Paulo, de 19 anos, e Miguel, de apenas 17 anos. 

Por outro lado, o Flu fez contratações modestas no começo do ano, caso de Felippe Cardoso, Yago Felipe, Caio Paulista e Egídio. A aposta no ataque é o jovem Evanilson, de 20 anos. Cria de Xerém, mas com os direitos ligados ao Tombense-MG.

  • TIME-BASE - Muriel; Gilberto, Nino, Digão e Egídio; Yuri, Dodi e Michel Araújo; Nenê, Marcos Paulo e Evanilson (Wellington Silva). Técnico: Odair Hellmann

GRÊMIO

O Grêmio costumeiramente tem figurado como candidato ao título do Campeonato Brasileiro, mas acaba deixando o torneio em segundo plano. Para a edição de 2020, a estratégia a ser adotada é a de focar mais no Brasileirão. Muitas rodadas serão disputadas ainda sem a concorrência com a Libertadores ou a Copa do Brasil. Assim, o técnico Renato Gaúcho não precisará poupar tantos jogadores.

O elenco perdeu recentemente uma importante peça: o atacante Everton acertou sua transferência para o Benfica. O experiente Diego Souza pode fazer a diferença no ataque, mas quem parece que pode surpreender é o jovem atacante Elias, destaque na última Copa São Paulo.

  • TIME-BASE - Vanderlei; Victor Ferraz, Pedro Geromel, Kannemann e Guilherme Guedes; Maicon, Matheus Henrique, Alisson, Jean Pyerre e Pepê (Everton); Diego Souza. Técnico: Renato Gaúcho.

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Rogério Ceni, técnico do Fortaleza Foto: Luan Erick / Fortaleza EC

FORTALEZA

Uma das maiores surpresas da última temporada, o Fortaleza, comandado por Rogério Ceni, quer seguir se destacando no Campeonato Brasileiro para se estabelecer como um time que briga na parte de cima da tabela. A boa fase se manteve na temporada atual e a equipe chegou à decisão do Campeonato Cearense contra o Ceará com a melhor campanha. Porém, caiu para o rival nas semifinais da Copa do Nordeste.

Para o Campeonato Brasileiro, o time de Rogério Ceni tenta superar a boa campanha de 2019, quando terminou na nona colocação. Para isso, a diretoria manteve peças importantes no elenco como os zagueiros Quintero e Paulão, os laterais Tinga e Carlinhos, o volante Juninho e os atacantes Romarinho, Osvaldo e o experiente Wellington Paulista. Chegaram ainda alguns reforços pontuais, como o centroavante Edson Cariús e o meia argentino Mariano Vázquez.

  • TIME-BASE - Felipe Alves; Tinga, Quintero, Paulão e Carlinhos; Juninho, Felipe e Romarinho; David, Wellington Paulista e Osvaldo. Técnico: Rogério Ceni.

GOIÁS

Décimo colocado no último Campeonato Brasileiro, o Goiás não terá vida fácil para repetir a boa campanha em 2020. A equipe do técnico Ney Franco perdeu nomes importantes no elenco, em especial o volante Léo Sena, que foi para o Atlético-MG, e o atacante Michael, que está no Flamengo. O time busca uma mescla de juventude com experiência e confia em jogadores experientes, como o goleiro Tadeu, o zagueiro Rafael Vaz, o centroavante Rafael Moura e o volante Sandro, principal contratação para a temporada. Aos 31 anos, o ex-volante do Tottenham e da seleção brasileira retornou ao futebol nacional após dez temporadas na Europa.

Apesar de contar com um elenco experiente, o Goiás chega descansado para o Campeonato Brasileiro. O time de Ney Franco disputou apenas dez partidas oficiais em 2020 pelo Campeonato Goiano até a paralisação da temporada e ocupava a terceira posição no Estadual com cinco vitórias, quatro empates e duas derrotas. Como o torneio só vai retornar em 2021, a estreia no Brasileirão marca o retorno do Goiás aos gramados após cinco meses, o que pode ser uma desvantagem no início contra equipes com mais ritmo de competição.

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  • TIME BASE - Tadeu; Juan Pintado, Fábio Sanches, Rafael Vaz e Jefferson; Sandro, Ratinho e Daniel Bessa; Keko, Rafael Moura e Victor Andrade. Técnico: Ney Franco.

INTER

O Internacional será diferente para a edição 2020 do Campeonato Brasileiro. Com novas ideias, novos jogadores e uma nova forma de jogar, o clube gaúcho aposta no técnico argentino Eduardo Coudet para evitar os altos e baixos de 2019 que tanto atrapalharam o time. E a expectativa é pelo maior aproveitamento dos atletas formados nas categorias de base.

Atrás de um título que não fatura desde a campanha invicta de 1979, a repaginação vem em boa hora para o Inter, que já deu algumas amostras do que pode ser capaz de fazer dentro de campo. No ataque, um ponto crucial para o sucesso é chegar com o maior número possível de jogadores na área, não dependendo exclusivamente do centroavante peruano Paolo Guerrero para definir os lances. Na defesa, a regularidade do zagueiro Victor Cuesta, junto com o garoto Bruno Fuchs, um dos jovens de maior potencial da equipe, é a esperança de muitos jogos sem sofrer gols.

  • TIME-BASE - Marcelo Lomba; Rodinei, Bruno Fuchs, Víctor Cuesta e Moisés; Musto, Edenilson, Boschilia e Marcos Guilherme; Thiago Galhardo e Paolo Guerrero. Técnico: Eduardo Coudet.

SPORT

Assíduo participante do Brasileirão na década de 2010, o Sport caiu em 2018, mas já retornou após ser vice-campeão da última edição da Série B. De qualquer forma, o objetivo na Ilha do Retiro deve ser mesmo a luta para se manter na elite. Dois motivos principais escancaram essa missão. Um deles é a notória dificuldade financeira enfrentada nas últimas temporadas, que pode ser agravada em meio ao cenário da pandemia de covid-19. Outra questão é tentar superar as fracas campanhas na primeira parte do ano, inclusive após a retomada do futebol nacional.

Os recifenses não conseguiram ficar sequer entre os seis primeiros colocados da primeira fase do Campeonato Pernambucano e precisaram disputar o quadrangular contra o rebaixamento. Na Copa do Nordeste, o Sport caiu com derrota para o Fortaleza, nos pênaltis, por 4 a 1, após empate sem gols no tempo normal na partida única das quartas de final. Além disso, foi eliminado ainda na primeira fase da Copa do Brasil, pelo Brusque, atual campeão brasileiro da Série D

Este fato, aliás, foi essencial para a demissão de Guto Ferreira e a contratação de Daniel Paulista. “Vamos entrar numa competição muito forte e com um calendário apertado. É necessário termos um elenco grande e equilibrado, porque cada jogo é uma decisão”, alertou Daniel Paulista.

Os principais destaques do time são Hernane Brocador e Marquinhos. Durante a paralisação, chegaram nomes como o lateral-direito Patric, que já vestira as cores rubro-negras e estava no Atlético-MG, e o atacante Ronaldo, um dos principais destaques do Santo André no Paulistão.

  • TIME-BASE - Mailson; Patric, Iago Maidana, Adryelson e Sander; Wilian Farias, Betinho e Lucas Mugni; Marquinhos, Hernane Brocador e Leandro Barcia. Técnico: Daniel Paulista.

VASCO

O último título brasileiro do Vasco foi há 20 anos. De lá para cá, a equipe de São Januário, repleta de problemas de administração, entrou em uma gangorra, que o colocou três vezes na segunda divisão (2008, 2013 e 2015). 

"A ideia é ter um time aguerrido quando perde a bola e com prazer de jogar futebol com a bola. A cada jogo, temos coisas para corrigir, conversamos muito nos treinamentos, filmamos e batemos papo no dia seguinte. Há a maior preocupação de ver tudo. O trabalho é pelo crescimento e pela evolução de uma equipe. Todos estão entendendo bem o que tem sido pedido e o que estamos treinando", disse o treinador Ramon Menezes. 

Dentro de campo, na hora do jogo, o Vasco ainda apresenta algumas falhas, principalmente para recompor o sistema defensivo, após perder a bola. Isso faz com que o adversário encontre espaços para armar jogadas.

A ideia é ter um time aguerrido quando perde a bola e com prazer de jogar futebol com a bola

Ramon Menezes, técnico do Vasco

O ponto forte da equipe está no setor ofensivo, com destaque para o argentino Germán Cano, autor de nove dos 12 gols do time na temporada. Ele tem o apoio do talentoso Talles Magno e ganhou a companhia de Parede, recentemente contratado.

"Trabalhei duro durante o período de pandemia, perdi peso, que era o que queria. Trabalhei muito na massa muscular para ficar um pouco mais magro. Aí está o resultado, se o trabalho é bom, positivo, tudo é possível. O objetivo era perder um pouco mais de peso, ficar mais fino. Creio que estou um pouco mais magro", disse Cano, três quilos mais magro.

  • TIME-BASE - Fernando MIguel; Yago Pikachu, Ricardo Graça, Leandro Castán e Henrique; Andrey, Vinícius, Fellipe Bastos ou Raul e Benítez ou Parede; Talles Magno e Germán Cano. Técnico: Ramon Menezes.