Há dois meses sem atuar, Ganso ainda não suporta 90 minutos

Meia do São Paulo está confirmado para a partida do time com o Náutico nesse fim de semana, sua primeira pelo clube do Morumbi

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Por Paulo Favero
Atualização:

SÃO PAULO - Quem não conhece de perto pode achar que Paulo Henrique Ganso é um pouco mascarado pelas declarações. Mas basta olhar para o jogador para ver que ele é o oposto disso: cabelo comum, sem brincos extravagantes ou colares de ouro e jeito de pessoa simples. Só que, na hora de falar, demonstra uma grande confiança em seu futebol. "Vim para o São Paulo para isso: jogar muita bola. É uma nova fase na minha vida e espero conquistar muitos títulos e fazer história no clube", avisa.Ele está há dois meses e meio sem disputar uma partida oficial e conta as horas para voltar a campo. Domingo, contra o Náutico, é mais provável que fique no banco de reservas e entre no decorrer da partida, pois sabe que não tem como suportar os 90 minutos. "Minha condição física está excelente e espero, se entrar, atuar o maior tempo possível", diz. Mas o preparador físico Sergio Rocha, que esteve com ele todos os dias mesmo com o grupo de folga, garante que o fôlego ainda vai fazer falta. "Acho difícil ele aguentar os 90 minutos", afirma.O preparador do São Paulo conta que Ganso foi um exemplo de profissional neste período em que ficou longe dos gramados e que se mostrou muito dedicado. "Ele está muito bem e evoluindo de uma maneira progressiva. Teremos um jogo-treino no qual ele será avaliado e na sexta poderemos avaliar melhor sua condição de jogo", diz Rocha, citando a partida desta quinta que o time fará no CT da Barra Funda contra os juniores do Guarani.Aos 23 anos, Ganso reconhece que já sente um friozinho na barriga e acha que entrará no time em um momento excelente, quando o São Paulo luta por uma vaga na Taça Libertadores e está classificado para a semifinal da Copa Sul-Americana. "Estou bastante ansioso, mas não me sinto pressionado. Estou me sentindo superbem e tranquilo", explica, mas sempre fugindo da pergunta sobre no lugar de quem entrará. "Estou voltando de lesão e o Ney Franco já tem o time montado. Eu entrar vai depender de como estará a partida", despista.Como Ganso atua na meia, se o treinador não quiser mexer na estrutura da equipe quem deve perder o lugar é Jadson, que às vezes sofre com as críticas da torcida, mas que tem moral com Ney Franco. Para Ganso, os dois podem atuar juntos. "Ele já mostrou que é um baita jogador e se não me engano é o líder de assistências no Brasileirão."Com moral. Raí, ídolo tricolor, vê com entusiasmo a chegada de Ganso e espera que o jogador possa manter o mesmo nível de grandes meias que já passaram pelo clube do Morumbi e dê mais consistência à equipe. "Acho que, pelo estilo do Ganso, que dá ritmo à equipe, sabe cadenciar e tem uma técnica apurada, ele é um jogador que pode cair como uma luva num São Paulo que está subindo de produção. O Ganso tem tudo para potencializar ainda mais o que existe nesse trabalho", lembra Raí. COLABOROU BRENO PIRES, ESPECIAL PARA O ESTADO

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