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Hicks quer a volta de Marcelinho

Por Agencia Estado
Atualização:

Pela primeira vez desde o início da crise que resultou na saída de Marcelinho do Corinthians, a diretoria do clube acena com a possibilidade do retorno do meia. A pressão para que isso aconteça vem do parceiro corintiano, o fundo norte-americano de investimentos Hicks, Muse, Tate & Furst (HMTF). A explicação para o caso é simples. Assolados por uma crise financeira, agravada pela "quebra" da economia argentina (o fundo tinha praticamente um terço dos US$ 15 bilhões destinados à América Latina investidos naquele país), os executivos, por uma questão de imagem diante de seus maiores acionistas, não gostariam que o valor do jogador (cerca de US$ 4 milhões) entrasse no balanço como prejuízo. Para que isso não ocorra, desejam que Marcelinho seja reintegrado ao grupo. A idéia dos investidores esbarra em alguns dirigentes corintianos, entre eles o vice-presidente de futebol do clube, Antônio Roque Citadini. Marcelinho é encarado como jogador problemático. Sua volta é considerada também péssimo negócio para os cofres do Corinthians. Apontado como um atleta decadente, seu salário é considerado alto - cerca de R$ 200 mil por mês. Como se não bastasse, ele ainda tem três anos de contrato a serem cumpridos. Se continuasse emprestado, o clube economizaria, ao menos, o valor dos salários. Na última reunião entre os cartolas corintianos e seus parceiros, foi discutida a possibilidade de Marcelinho voltar a vestir a camisa do clube. Para manter o bom relacionamento com o HMTF, os dirigentes, especialmente Citadini, aceitariam ceder ao pedido. O vice-presidente de futebol, porém, não se encontrou com o procurador do atleta, James Arruda, na quarta-feira, num restaurante da Alameda Santos, em São Paulo, conforme alguns meios de comunicação divulgaram. Ele almoçou no local, mas com duas outras pessoas. A aposta da diretoria é de que os norte-americanos, mesmo a médio prazo, consigam superar a fase de prejuízos e voltem a investir pesado na formação de um grupo forte. "Hoje, com US$ 10 milhões colocados no time, vencemos qualquer campeonato", dizem os cartolas corintianos. Japão - Mesmo diante da possibilidade de voltar ao Corinthians, a direção não descarta estudar possíveis propostas pelo jogador. Marcelinho, no entanto, é considerado um atleta marcado pelos problemas com os quais se envolveu, o que dificulta a negociação. Sua transferência para o Gamba Osaka, do Japão, ainda pode ocorrer.

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