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Horário leva público diferente ao jogo

Por Agencia Estado
Atualização:

As arquibancadas do estádio do Canindé viraram sala de aula nesta quarta-feira, dia em que a Lusa estreou no Campeonato Brasileiro contra o Goiás e perdeu por 1 a 0. Em meio à modesta torcida que acompanhou a primeira partida da equipe paulista, dois grupos de orientais se misturaram à colônia portuguesa que costuma freqüentar o local. Um dos grupos já é velho conhecido no clube: são os jogadores chineses que estão fazendo um estágio de um ano no Canindé, com o objetivo de aperfeiçoar seus conhecimentos no País do futebol. O outro grupo causou curiosidade, desfeita por Valdir Perez, goleiro da seleção brasileira na Copa de 1982. "Eles são atletas do Omyia Higashi, atuais vice-campeões da liga colegial nacional japonesa, o equivalente à categoria de juniores daqui", explicou. "Há três anos, passam algumas semanas no Brasil com o objetivo de se aperfeiçoarem e, este ano, além de acompanhar este jogo, vão participar de amistosos contra os juniores da Portuguesa e do São Paulo?, contou Valdir Perez. Família - Mas a colônia portuguesa também marcou presença no Canindé, reclamando do esdrúxulo horário das 14h30 para a partida. "Hoje ainda deu para vir, porque meu novo comércio ainda não foi inaugurado, mas acho que não poderei acompanhar os próximos jogos", lamentava o comerciante Antônio Morgado, que estava acompanhado do filho - que tem o mesmo nome -, afirmando que o horário mais adequado para as partidas é o das 20h30. "A única coisa boa de marcarem o jogo para esse ?horário de vagabundo?, porque só vem quem não tem nada para fazer, é que a gente chega cedo em casa", concluiu Morgado. O dono de padaria Antônio Maneja e seu filho, Antônio Fernando, também lamentaram o novo horário. O filho saiu diretamente da escola e foi para o Canindé, onde almoçou com o pai a bacalhoada servida no restaurante do clube. "A gente mora em Diadema e, se não fizéssemos isso, não ia dar tempo de estar aqui para o jogo."

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