Ídolo 'esquecido' no banco, Lugano cresce nos bastidores da crise do São Paulo

Veterano zagueiro usa experiência e influência para tentar melhorar o clima tenso que ronda o Morumbi

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Por Matheus Lara
Atualização:

Sem jogar há 12 rodadas do Campeonato Brasileiro e com poucas perspectivas de permanecer no São Paulo para as próximas temporadas, Diego Lugano vem usando sua experiência e influência para tentar melhorar o clima tenso que ronda o Morumbi neste momento de crise no clube.

Ídolo do clube, foi ele, juntamente com o capitão Hernanes, que falou em nome dos jogadores na reunião de quarta-feira com torcedores do São Paulo no CT da Barra Funda. Um dia antes, quando o elenco "lavou roupa suja" sobre os problemas do time em campo, ele também foi figura central.

Lugano, zagueiro do São Paulo Foto: JF Diorio / Estadão

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Em campo, Lugano não tem espaço no time de Dorival Junior, e vem tentando ajudar a melhorar a confiança de jogadores mais jovens, além de agir como "tutor" dos novos zagueiros. Nas semanas em que Arboleda e Rodrigo Caio estavam concentrados com suas seleções nacionais nas Eliminatórias da Copa, Dorival Junior manteve Lugano fixo na maioria dos treinos, e alternou ao lado do uruguaio Bruno Alves e Aderllan, que ainda não tinham estreado. Bruno Alves se destacou e foi titular contra a Ponte Preta.

"Esquecido" no banco, Lugano continua sendo lembrado, e com destaque, nas peças publicitárias do São Paulo. No canal oficial do clube no YouTube, é ele que aparece na foto de capa de divulgação. Na página inicial do site oficial do São Paulo, sua foto se sobrepõe às dos titulares da zaga, Arboleda e Rodrigo Caio.

No Brasileirão, Lugano soma mais cartões amarelos do que partidas jogadas - foram cinco advertências e quatro aparições. Sua última atuação com a camisa tricolor foi na 11ª rodada, na derrota para o Flamengo por 2 a 0, no estádio Luso-Brasileiro, no Rio.

O uruguaio teve uma renovação polêmica de contrato com o São Paulo, definida nos últimos dias de junho, em que aceitou redução salarial para ficar no time até o final desta temporada. Pesou na decisão de Lugano seu carinho pelo clube, com o qual foi campeão da Copa Libertadores e do Mundial em 2005.

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