Ídolo sueco de duas Copas, Ingesson morre aos 46 anos

Ex-meia da Suécia, que ocupava cargo de técnico do Elfsborg, foi vítima de um câncer sanguíneo incurável, diagnosticado em 2009

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Por Redação
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Klas Ingesson, que defendeu a Suécia nas Copas do Mundo de 1990 e 1994 e é considerado um ídolo em seu país, morreu nesta quarta-feira, aos 46 anos de idade, vítima de um câncer sanguíneo incurável, diagnosticado em 2009. Apesar da doença, o ex-meia vinha ocupando o cargo de técnico do Elfsborg, clube sueco que lamentou o falecimento do ex-jogador. Ingesson disputou 57 partidas pela seleção sueca e enfrentou o Brasil por três vezes em Mundiais. Na primeira delas, na Itália, foi derrotado por 2 a 1 em jogo válido pela primeira fase da Copa de 1990. Na ocasião, atuou durante os 90 minutos e vestiu a camisa 10. Já na Copa de 1994, nos Estados Unidos, o meio-campista primeiro ajudou a sua seleção a empatar por 1 a 1 com a seleção brasileira no jogo no qual a equipe dirigida por Carlos Alberto Parreira evitou a derrota com um gol de Romário na rodada final da primeira fase. Em seguida, em novo confronto naquele Mundial, o meia viu o mesmo Romário marcar de cabeça o gol que deu a vitória por 1 a 0 do Brasil sobre a Suécia, na semifinal da competição. Depois, na decisão do terceiro lugar daquela Copa, Ingesson voltou a ser titular na partida em que a Suécia goleou a Bulgária por 4 a 0 para garantir um lugar no pódio da competição. No intervalo entre aqueles dois Mundiais, Ingesson ainda defendeu a seleção sueca na Eurocopa de 1992, na qual o seu país avançou às semifinais. Como jogador de clube, Ingesson vestiu as camisas de Gotemburgo, Mechelen (Bélgica), PSV, Sheffield Wednesday, Bari, Bologna, Olympique de Marselha e Lecce. Nos últimos meses de sua vida ele se tornou a sensação desta temporada do Campeonato Sueco após aceitar a oferta do Elfsborg, time que dirigiu mesmo estando em estado físico deteriorado. Ele precisou recorrer a um andador em suas primeiras partidas no comando da equipe principal por causa de uma osteoporose, após ter trabalhado no time de base da equipe. Em seguida, depois de sofrer várias fraturas provocadas por quedas, acabou dirigindo o time sentado em uma cadeira de rodas. No último domingo, já sem poder contar com Ingesson no comando em confronto válido pela última rodada do Campeonato Sueco, os jogadores do Elfsborg usaram camisas em homenagem ao treinador, que nesta quarta seria também homenageado com um minuto de silêncio no estádio do clube.

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