O técnico José Mourinho foi pego de surpresa com a sua demissão do Manchester United mesta semana. Apesar da má fase persistente durante a maior parte da temporada 2018/19, o português esperava que as coisas melhorassem e ele pudesse, inclusive, ter reforços para continuar com o seu trabalho - contestado por muitos.
De acordo com a imprensa inglesa, o vice-presidente executivo Ed Woodward convocou uma reunião com o treinador na manhã da última terça-feira, pelo horário local. O The Times afirma que Mourinho, então, acreditava se tratar de uma nova discussão sobre o planejamento do elenco, uma vez que os Red Devils ainda têm meia temporada do Campeonato Inglês e estão classificados para as oitavas de final da Liga dos Campeões.
O dirigente teria, assim, informado ao técnico a vontade do time inglês de encerrar o seu contrato e não contar mais com os seus serviços. O que o pegou de surpresa, ainda que ele soubesse das dificuldades que andava tendo dentro e fora de campo.
No dia seguinte após a sua demissão, Mourinho foi interpelado por um repórter enquanto andava em direção à sua casa e foi lacônico. "O Manchester United já está no passado", afirmou, pedindo que a imprensa 'o deixe viver normalmente' enquanto estiver desempregado.
O substituto do 'Special One' no cargo de técnico do Manchester United foi um velho conhecido da torcida: Ole Gunnar Solskjaer, ex-atacante do clube entre os anos 1990 e 2000, ídolo dos Red Devils principalmente por marcar o gol do título da Liga dos Campeões da temporada 1998/99 sobre o Bayern de Munique. Ele ficará até o final da atual temporada.
Outro ídolo do United, o ex-volante e também técnico Roy Keane, saiu em defesa do treinador português nesta semana. Admitindo que 'não é muito fã' do seu trabalho, ele colocou a culpa nos jogadores pela má fase do time. "Na minha época (de jogador), não aceitaríamos isso. Jogaram ele (Mourinho) embaixo do ônibus", afirmou, em entrevista à BBC.