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Ingressos para Goiás x São Paulo estão esgotados em Brasília

Quem quiser comprar entradas para o confronto decisivo na Capital Federal terá que procurar os cambistas

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Por Guiliander Carpes - O Estado de S.Paulo
Atualização:

Tem, mas acabou. Pode parecer brincadeira, mas os ingressos colocados à venda para o jogo entre Goiás e São Paulo, domingo, no Estádio Bezerrão, já não podem mais ser encontrados nas bilheterias oficiais da Capital Federal. Estão nas mãos de torcedores. E de cambistas. Há bilhetes apenas nos postos de venda de São Paulo e Goiânia. Nestes locais, porém, apenas 4 mil - a carga total é de 19.400 entradas - foram colocados à disposição e restam poucos. No Morumbi, apenas 400 (serão vendidas neste sábado, das 9 às 10 horas). Veja também: Muricy Ramalho promete São Paulo no ataque contra o Goiás  Vote: Quem será campeão: São Paulo ou Grêmio?  Simule os resultados da rodada final da Série A  Brasileirão Série A - Classificação  Dê seu palpite no Bolão Vip do Limão As bilheterias do Ginásio Nilson Nelson, em Brasília, fecharam às 13 horas nesta sexta. No Bezerrão, às 15 horas, não havia mais entradas. Em ambos os espaços, longas filas de torcedores ainda estavam formadas. Para estes, sobrou a opção de negociar com os cambistas. Os vendedores ilegais tiveram o trabalho facilitado pela falta de policiamento nas proximidades dos locais - principalmente no ginásio - e pelos próprios funcionários envolvidos na comercialização, que ignoraram muitas vezes a recomendação de vender apenas um ingresso por documento de identificação. "Ninguém pediu documento nenhum pra mim não", atestou Bruno, um dos cerca de 10 cambistas que abordavam tranqüilamente os passantes em frente ao Nilson Nelson. Ele tinha entradas para qualquer um dos três setores do Bezerrão e cobrava R$ 130 por uma meia-entrada que lhe custou R$ 75. "Dei sorte de ninguém mexer comigo hoje", afirmou para a reportagem do Estado, que saiu sem levar os bilhetes, mas com o telefone de contato do ambulante "caso mudasse de idéia". O preço praticado pelos cambistas assustou a maioria dos torcedores que esperaram na fila, mas ficaram sem entrada. Tanto que os cambistas permaneceram em frente aos locais de venda até a noite cair. "Teve gente que veio de São Paulo comprando com a gente hoje aí", disse Bruno. Alguns não se deram ao luxo de perder a viagem. CLIMA A agitação dos torcedores, na Capital Federal, resumiu-se aos pontos de venda. Nesta sexta Brasília nem parecia uma cidade às vésperas de decisão tão importante. Nas ruas, havia poucos são-paulinos vestidos com as cores do clube. Apesar disto, o estoque de camisas do São Paulo nas prateleiras das principais lojas já acabou. A torcida são-paulina deve ser maioria absoluta no estádio domingo. O 9.º Batalhão de Policiamento do Gama vai fazer um esquema de segurança especial para a partida: 1.100 homens foram destacados. A policia militar trata a "decisão" como um clássico. "É um jogo de muita rivalidade e colocaremos um forte efetivo para manter a ordem", declarou o tenente-coronel José Carlos Casado, chefe de segurança. Como a jurisdição do grupo se restringia à cidade-satélite onde será disputado o jogo e deixava de fora o ponto de venda de Brasília, onde a incidência de cambistas era maior. A Federação Brasiliense de Futebol (FBF) não quis comentar as acusações de dirigentes goianos que culparam a entidade pela desorganização na venda dos ingressos. A FBF abriu mão de cobrar taxas de aluguel do Bezerrão para a partida, mas fez questão de ficar encarregada da venda dos bilhetes, mesmo que o Goiás e o São Paulo compartilhassem a mesma empresa de comercialização e tivessem mais experiência em grandes jogos.

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