Publicidade

Início da Série B fica para dia 18

Os clubes alegam que não têm dinheiro para custear o pagamento de viagens e estadias, enquanto não acertam a venda de transmissão dos jogos para a televisão.

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O medo de que Palmeiras, Portuguesa-SP e Botafogo consigam "virar a mesa" e a falta de dinheiro para organizar a competição adiaram o início da Série B do Campeonato Brasileiro, do dia 5 para o dia 18 de abril. Reunidos nesta quarta-feira na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), na Barra da Tijuca, os diretores Geral e Técnico da entidade, Marco Antônio Teixeira e Virgílio Elísio, o presidente do Futebol Brasil Associados (FBA), Peter Silva, o diretor executivo da Globo Esportes, Marcelo Campos Pinto, e da Sport Promotion, José Francisco, o Kiko, não chegaram a um acordo que assegure a realização da disputa. Mais do que a falta de dinheiro, a principal intenção é a de provar que Portuguesa-SP (na Justiça Comum para participar da divisão principal), Palmeiras e Botafogo vão estar na Segunda Divisão do Brasileiro. Essa incerteza está dificultando a comercialização da competição. O pensamento dos dirigentes é o de que com o novo prazo, a Série A já terá tido seu início (sábado) sem a presença dos três rebaixados para a Série B. A falta de dinheiro também tem sido um empecilho. Até o momento, o FBA já angariou cerca de R$ 15 milhões para o custeio da Segunda Divisão, apenas a metade do montante necessário. Os recursos não são suficientes para custear as passagens aéreas e hospedagem dos clubes. O presidente do FBA explicou que o adiamento também atendeu a uma necessidade dos clubes. De acordo com ele, várias equipes da Segunda Divisão não possuem, hoje, R$ 50 mil para registrar seus jogadores na CBF e pagar as despesas da primeira rodada da competição. Diante das dificuldades, o diretor-técnico da CBF já admitiu a possibilidade de mudança da fórmula de disputa (turno e returno por pontos corridos, totalizando 552 jogos). "A mudança é uma hipótese que poderia ocorrer se não tivermos dinheiro. Acredito que isto será uma situação limite", disse. Para auxiliar as equipes, a CBF aceitou custear as despesas com arbitragem e exames antidoping, cerca de R$ 3,5 milhões, além de ceder a comercialização dos direitos de utilização da marca da bola da disputa. Mas a reação dos dirigentes após o encontro deixou claro que o impasse é de difícil solução. Por exemplo, o diretor da Globo Esportes que chegou risonho e prevendo para 1 hora a duração da reunião, saiu da CBF depois de 2h30 de conversações e limitou-se a falar rispidamente: "fizemos nossa parte, agora é com eles".

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.