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Inter de Milão enfrenta mais acusações de racismo

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Por Redação
Atualização:

Foram renovados os apelos por uma ação contra o racismo desenfreado no futebol italiano nesta sexta-feira, depois que torcedores da Inter de Milão foram acusados de ofender o atacante do Tottenham Hotspur Emmanuel Adebayor em um confronto pelas oitavas de final da Liga Europa, estádio no San Siro. Adebayor, que marcou o gol de seu time na derrota por 4 x 1 na partida de volta, que os fez passar raspando para as quartas de final, foi supostamente alvo de gritos de macaco e acenos com bananas de plástico por parte de alguns torcedores no estádio. "É muito fácil ouvir os gritos, então tenho certeza que a Uefa irá agir a respeito", disse o técnico do Tottenham, André Villas-Boas, a repórteres depois do jogo de quinta-feira, quando o time avançou pelo gol anotado fora de casa depois de um placar combinado de 4 x 4. Os jornais britânicos criticaram a Inter e o futebol italiano nesta sexta-feira. No mês passado, o atacante do Milan Mario Balotelli foi ofendido racialmente por torcedores da rival Inter, que foi multada em 50.000 euros (64.900 dólares). A Lazio foi obrigada pela Uefa no mês passado a jogar duas partidas com portas fechadas, após o racismo de seus torcedores nos jogos da Liga Europa contra Tottenham, Maribor e Borussia Moenchengladbach. O clube de Roma chegou às quartas de final da Liga Europa após derrotar o Stuttgart na quinta-feira, em um jogo disputado em casa num estádio vazio como punição pelo comportamento da torcida. O jogo em casa pelas quartas de final com o Fenerbahçe também será sem torcedores. Torcedores da Juventus foram acusados de cantos racistas contra Balotelli na semana passada. A Serie A decidiu que os gritos de "se você pular para cima e para baixo, Balotelli morrerá" não eram de natureza discriminatória, mas ainda ofensivos e multou o clube de Turim em 4.000 euros. A Juve teve que jogar uma partida de portas fechadas em 2009 depois que Balotelli, na época jogando pela Inter de Milão, foi ofendido racialmente com o grito das arquibancadas de que "um italiano negro não existe". (Reportagem de Martyn Herman)

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