28 de julho de 2010 | 23h53
Celso Júnior/AE
SÃO PAULO - Foi um verdadeiro massacre nesta quarta-feira, 28, no Beira Rio. Não pelo placar, sim pelo futebol apresentado pelo Internacional. O time pressionou do começou ao fim e venceu um acuado São Paulo por 1 a 0 pela primeira partida da semifinal da Copa Libertadores.
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No lance do gol, é melhor nem levar a fita do jogo para aquela tradução do Fantástico, da TV Globo, para saber o que Rogério Ceni disse. |
Enquanto o foco estava entre os nove personagens da decisão do torneio de 2006, entre os mesmos times, o jovem Giuliano deixou o banco de reservas na etapa complementar para colocar os colorados em vantagem.
Para a próxima quinta, a promessa de mais uma grande partida, desta vez, no Morumbi. Agora, os gaúchos têm a vantagem de jogar pelo empate para avançar à final - pode até perder por um gol de diferença, desde que marque também. O adversário sai do confronto entre Universidad de Chile e Chivas Guadalajara, que jogam dois dias antes.
Ansiedade x pressão. Dois meses de espera, uma Copa do Mundo no meio do caminho e a semifinal. O tempo para as polêmicas de bastidores acirrou ainda mais uma das maiores rivalidades dos últimos anos no País, mas, em campo, os dois times trataram de jogar bola. A dificuldade estava mesmo em criar as primeiras oportunidades.
D´Alessandro e Taisson tinham uma clara missão: servirem Alecsandro, que atuava mais isolado na frente. E o centroavante deu trabalho para os zagueiros, além de exigir duas boas defesas de Rogério Ceni.
Já o time de Ricardo Gomes, técnico ameaçado pelo menos até o começo da semana, começou com uma marcação forte. Se perdeu ao longo do primeiro tempo e não conseguia passar do seu campo de defesa. Pouco para quem lutava por uma vaga entre os melhores da América. Vaiado pela sua ex-torcida, Fernandão era a única referência para o time.
"O joguinho deles é esse. Eles estão esperando o nosso erro para fazer o gol. Precisamos ter cuidado porque não vamos decidir nada aqui", disparou Alecsandro. Do outro lado, Hernanes concordava com a postura defensiva do time. "Tivemos uma proposta humilde de marcar bem. Agora teremos mais espaços na área adversária."
Ataque x defesa. Para a etapa complementar, o jogo seguiu na mesma toada. Os colorados atacavam e os adversários apenas assistiam. Rogério Ceni ia salvando e Andrezinho continuava tentando. O primeiro chute do São Paulo veio com Dagoberto, só aos 11 minutos.
Internacional | 1 |
Renan; Nei, Bolívar , Índio, Kleber; Guiñazu, Sandro, Andrézinho (Giuliano), D´Alessandro; Taisson (Rafael Sobis) e Alecsandro | |
Técnico: Celso Roth | |
São Paulo | 0 |
Rogério Ceni; Jean , Alex Silva, Miranda, Júnior César; Richarlyson (Cléber Santana), Jean, Rodrigo Souto, Hernanes e Marlos (Fernandinho); Dagoberto (Ricardo Oliveira) e Fernandão | |
Técnico: Ricardo Gomes | |
Gols: Giuliano, aos 22 minutos do 2.º Tempo Árbitro: Héctor Baldassi (ARG) Estádio: Beira Rio, em Porto Alegre (RS) |
Enquanto se falava da volta de Rafael Sobis, por exemplo, que estava no banco de reservas, quem resolveu mesmo foi Giuliano. O jovem atacante entrou em campo e quatro minutos depois abriu o placar para o Internacional. Ele recebeu de costas para o gol, virou sobre o zagueiro Miranda e chutou no canto de Rogério Ceni. Foi o quarto dele na competição continental.
Mesmo com a vantagem no placar, o time seguiu buscando o gol. Tinha bola de tudo que era jeito: de fora da área, de média distância, de cabeça... E Rogério Ceni continuava se virando.
Mas o São Paulo também tinha sua arma vinda do banco de reservas. Depois de quatro anos, impedido de jogar a final da Libertadores de 2006, contra o mesmo Inter, Ricardo Oliveira reestreou. Não pôde fazer muito, já que o time mal prendia a bola no campo de ataque.
Rafael Sóbis também entrou para aumentar a lembrança daquele jogo. Se não teve tempo para ter uma grande atuação, ao menos saiu de campo vencedor.
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