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Inter marca no fim, mas América-MG ganha nos pênaltis e avança à semifinal da Copa do Brasil

Equipe de Abel Braga devolve o placar de 1 a 0 em Belo Horizonte, porém é menos eficiente nas penalidades

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Por Fábio Hecico
Atualização:

O técnico Abel Braga precisou de apenas três jogos para amargar sua primeira grande frustração no retorno ao Internacional. Em mais uma noite de futebol ruim do time, até conseguiu devolver o 1 a 0 ao América-MG, no último lance. Nos pênaltis, porém, viu Thiago Galhardo e Uendel errarem e os mineiros festejaram a vaga nas semifinais da Copa do Brasil com vitória por 6 a 5, no Independência. 

O América-MG segue fazendo história na competição. Depois de eliminar o Corinthians nas oitavas de final, agora derruba o Inter nas quartas e chega à inédita semifinal. Tentará repetir a façanha diante do Palmeiras.

Inter, de D'Alessandro, foi eliminado pelo América-MG nos pênaltis Foto: Ricardo Duarte/Inter

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Foi um jogo muito fraco do Inter. Assim como no Beira-Rio, pouco chegou ao gol dos mineiros e acabou eliminado nos pênaltis. O gol de Yuri Alberto no minuto final serviu apenas para adiar o sofrimento do torcedor colorado.

Após duas derrotas seguidas, Abel resolveu mexer na escalação. Moisés voltou à lateral esquerda e o esquema tinha apenas um armador. No Independência, D'Alessandro. Com Edenilson na frente de dois volantes de marcação.

Mesmo necessitando do triunfo, o técnico deu mostras que sua equipe será mais protegida. Diferentemente do esquema do antecessor Eduardo Coudet, adepto a um futebol de mais intensidade, com um marcador e mais gente atacando.

A esperança para frear a empolgação do América-MG era que brilhasse a estrela de Galhardo. O artilheiro voltou ao País em voo fretado após ficar na reserva da seleção brasileira no Uruguai, em jogo válido pelas Eliminatórias.

Nos últimos 12, o América perdeu uma única vez. Na qual jogou com reservas. Por causa do bom momento, muitos torcedores se aglomeraram e fizeram um corredor verde para recepcionar o time do lado de fora do Independência. Em tempo de pandemia, com aumento dos casos de covid-19 pelo País, uma demonstração de amor fora de hora e com respaldo do clube, que comemorou a atitude nas redes sociais.

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No campo, porém, o que se viu nos minutos iniciais foi um Inter valorizando a bola e rondando área rival. Mas diante de uma muralha defensiva, sem conseguir criar chances de perigo.

Galhardo e Leandro Fernández, na frente, viam a bola quase toda hora chegar. Quase porque sempre aparecia um pé salvador ou uma cabeça para afastar o perigo. O goleiro também se antecipou ao artilheiro antes da finalização. Apenas Moisés conseguiu concluir à meta de Matheus Cavichioli na etapa inicial.

Rodolfo, autor do gol da vitória em Porto Alegre, quase repetiu a dose no Independência. O chute passou beliscando o travessão. Foi o que o América apresentou numa etapa toda defensiva dos mineiros.

O Inter voltou sem mudanças para a etapa final e mostrando um futebol burocrático. Nem parecia necessitar da vitória. Foram 15 minutos desperdiçados. Até Abel resolver mexer. Fernández deu lugar a Yuri Alberto.

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Mesmo sendo ídolo dos gaúchos, D'Alessandro não conseguiu armar o time. Sozinho, nem nas jogadas de bola parada conseguia dar trabalho. O Inter sentia demais os desfalques de Patrick, com covid-19 e de Boschilia, machucado. Abel arriscou nos minutos finais abrindo mão de um volante e tirando o veterano argentino.

Colocou todo o time no ataque e nada de chance de gol. O América-MG já ensaiava a comemoração histórica quando Yuri Alberto, uma das opções de Abel na etapa final, recebeu de Galhardo e marcou, aos 49 minutos. Mesmo sem jogar bem, o Inter devolveu o 1 a 0 e levou a decisão aos pênaltis.

Léo Passos fez 1 a 0. Galhardo abriu a decisão para o Inter chutando para fora. Bateu fraquinho. Messias soltou a bomba e fez 2 a 0. Lindoso diminuiu e pediu calma a Marcelo Lomba. Daniel Borges falhou. Edenilson tinha nos pés a chance do empate. E não decepcionou: 2 a 2.

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Sabino ajeitou e, com paradinha, recolocou o América-MG na frente. Yuri Alberto não decepcionou. Nova igualdade. Marcelo Toscano fechou a série dos mineiros deslocando Lomba e jogando a pressão em Rodinei. O lateral não se intimidou: 4 a 4.

João Paulo e Praxedes não decepcionaram. O experiente Juninho bateu estranho, mas tirou de Lomba. Uendel chutou para o alto e o Inter amargou a eliminação. No fim, os gaúchos ainda quiseram briga em cena lamentável e desnecessária de quem não aceitou a queda em mais uma noite histórica para o América na Copa do Brasil.

FICHA TÉCNICAAMÉRICA-MG 0 (6) x 1 (5) INTERNACIONAL

AMÉRICA-MG - Matheus Cavichioli; Diego Ferreira, Messias, Anderson Jesus e João Paulo; Flávio (Sabino), Juninho e Geovane (Alê); Felipe Azevedo (Marcelo Toscano), Ademir (Daniel Borges) e Rodolfo (Léo Passos). Técnico: Lisca.

INTERNACIONAL - Marcelo Lomba; Heitor, Zé Gabriel, Cuesta e Moisés (Uendel); Rodrigo Dourado (Caio), Rodrigo Lindoso, Edenilsone D'Alessandro (Praxedes); Thiago Galhardo e Leandro Fernández. Técnico: Abel Braga.

GOL - Yuri Alberto, aos 49 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Vinícius Gonçalves Dias Araújo (SP).

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CARTÕES AMARELOS - Juninho e Felipe Azevedo (América-MG); Cuesta (Internacional).

LOCAL - Estádio Independência, em Belo Horizonte (BH).

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