Inter se impõe e supera o Grêmio em clássico adiado após pedradas no ônibus rival

Com a vitória, equipe colorada se garante nas semifinais do Campeonato Gaúcho

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Por Redação
Atualização:

O 435° Grenal é colorado. Com imposição e superioridade do início ao fim, o Internacional bateu o Grêmio no clássico atrasado da nona rodada do Campeonato Gaúcho, por 1 a 0, igualando os 18 pontos do arquirrival. O jogo seria no dia 26 de fevereiro, no mesmo Beira-Rio, mas acabou adiado após o ônibus tricolor ser atacado por pedras. Atingido na cabeça, Villassanti foi parar no hospital, com traumatismo craniano.

Nesta quarta-feira, com o volante paraguaio recuperado e escalado no Grêmio desde o início, o Inter foi melhor ao longo dos 90 minutos, não viu o goleiro Daniel trabalhar, e festejou um importante resultado positivo. A vitória serve para resgatar o moral após vexame na Copa do Brasil e dá fôlego ao criticado técnico Cacique Medina, bastante festejado após o clássico.

Inter bate o Grêmio no Beira-Rio e está nas semis do Campeonato Gaúcho. Foto: Lucas Uebel/Grêmio

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O Inter teve atitude para superar o grande rival com um gol solitário de David. Mais que o resultado, foi importante a apresentação de protagonista. O resultado poderia ser até mais amplo tamanha a apatia gremista e a superioridade do mandante.

As equipes pisaram no gramado do Beira-Rio entre as melhores do Gaúcho. O Grêmio queria a vitória para igualar os 21 pontos do líder Ypiranga, enquanto o Internacional, em terceiro, mirava chegar aos 18 pontos do arquirrival. Apesar da situação tranquila no estadual, ambos estavam pressionados pelas quedas precoces na Copa do Brasil. O Grêmio caiu na casa do Mirassol e o Inter em visita ao Globo, amobos na primeira jornada.

Com um minuto, o goleiro Brenno já teve de trabalhar bem em chute forte do lateral Moisés, vaiado na hora que seu nome apareceu no placar eletrônico na divulgação das escalações. O técnico Cacique Medina, bancado pela diretoria após a vexatória eliminação diante do Modesto Globo-RN, também foi alvo da ira colorada.

Mesmo sob maior cobrança por causa dos tantos colorados no Beira-Rio - não escondiam a irritação nas arquibancadas -, foi o Inter quem dominou totalmente as ações na primeira etapa. A superioridade figurava nas finalizações. O mandante tinha 7 a 0 em chances com somente 27 minutos. O Grêmio não passava do meio. Em um lance sem finalização, Edenilson e Gabriel chegaram atrasado no carrinho em um cruzamento perigoso que poderia terminar em gol aos 33 minutos.

Insatisfeito com a apatia do seu time, Roger Machado mandou os reservas ao aquecimento antes do intervalo. A cara de poucos amigos retratava o descontentamento do treinador, que ainda viu o zagueiro Cuesta carimbar o travessão em cabeçada antes de tentar mudar o rumo do clássico.

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Massacrado, o treinador resolveu reforçar a marcação com entrada de Bitello no lugar de um apagado Rildo. Em seu primeiro lance, o volante sofreu falta perigosa na entrada da área. Nicolas bateu raspando, aos 42, no primeiro chute a gol gremista.

Mas a justiça acabou feita no placar antes do descanso. A superioridade do Internacional se transformou em vantagem no marcador nos acréscimos da primeira etapa. O cruzamento da direita passou por Gabriel e Maurício, que não alcançaram a bola. Mas o atacante David não desperdiçou. O ameaçado Medina vibrou entusiasmado e os jogadores comemoraram demais.

O Grêmio voltou modificado para a etapa final, com duas peças descansadas para tentar buscar o empate. No campo, porém, o mesmo desinteresse dos 45 minutos iniciais. Sem conseguir equilibrar as ações, seguiu pressionado por um ligado Inter.

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Roger Machado tentava de tudo na beira do campo. Assobiava, gesticulava, mas não obtinha êxito nas recomendações. A grande e rara chance de empate surgiu aos 27 minutos. Após jogada individual, Elias encontrou Campaz livre pelo meio. O colombiano sairia na cara do goleiro, contudo errou a rota na arrancada e acabou bloqueado antes da finalização.

O Inter se retrancou nos minutos finais, fez o tempo passar e garantiu a festa da torcida. D'alessandro, em seus últimos passos para a aposentadoria, ainda atuou alguns minutos no que pode ter sido seu último Grenal. O clássico disputado por somente uma equipe acabou com gigante festa para Cacique Medina, abraçado por todos no apito final.

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