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Jair Picerni exige 4 ou 5 reforços

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Por Agencia Estado
Atualização:

Muitas vezes, quando uma equipe perde e acaba eliminada de certa competição, jogadores e treinador já tem a desculpa ensaiada. No Palmeiras, que neste sábado deu adeus ao Campeonato Paulista ao perder por 4 a 2 para o Corinthians, isso não aconteceu. Pelo contrário, eram várias as justificativas. O técnico Jair Picerni saiu atirando para todos os lados. Não poupou o presidente Mustafa Contursi nem a diretoria do clube. "Jogamos no limite, com quatro desfalques e sem peças de reposição à altura, é complicado. Já estou conversando com o presidente há alguns dias, precisamos de 4 ou 5 reforços de peso, que cheguem e decidam. Não temos peças de reposição à altura", cobrou o treinador que ontem não conseguiu nem compor o banco de reservas. Tinha apenas seis reservas. "Nosso setor administrativo também tem de ser melhor. O colombiano (Carlos Castro) poderia ter ficado no banco, mas aí me dizem que ainda tinha de receber um comunicado da CBF." E continuou seu bombardeio. "No futebol é necessário experiência. Tentamos com alguns juniores, mas não conseguimos nos acertar", prosseguiu. "O Anselmo, por exemplo, já atuou como meia, por isso tentei aproveitá-lo no setor, só que não deu resultado. O jogador foi substituído por Pedrinho aos 23 minutos. Prometeu, ainda, mudanças radicais. "Nosso elenco está aberto para todos, mas só trabalha no Palmeiras agora quem não fizer corpo mole, que tiver vontade." Enquanto dava sua entrevista, Picerni foi literalmente tirado por um segurança, que ainda tentou agredir o repórter Osmar Garrafa, da TV Gazeta. E o episódio lamentável não ficou por aí. "Quando o Palmeiras joga, alguns seguranças são contratados, mas eu garanto que este jamais trabalho pelo clube", garantiu Márcio Trevisan, assessor de imprensa do Palmeiras. Os mesmos brucutus já haviam se desentendido com outras pessoas da imprensa. Tiravam os jogadores à força, sem deixá-los dar entrevista. Muñoz foi arrastado pelo braço, assim como Zinho, mas gentilmente atendeu aos jornalistas. E, com a língua afiada, não perdoou. "Fiz a minha parte, mas o elenco são de onze jogadores e todos têm de fazer a sua", alfinetou. O goleiro Marcos, também sempre polêmico por expor suas opiniões com clareza, viu na ausência de Magrão o fator de desequilíbrio. "Éum jogador de garra, que marca, vibra, sem ele, perdemos muito a nossa força," disse. "Sem contar que o time do Corinthians é muito melhor que o nosso. Tem um elenco muito bom, sempre que perde um jogador, entra outro do mesmo nível."

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