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Jefferson explica risada após queda do Botafogo e lamenta violência de torcida

Goleiro pede compreensão dos torcedores e diz que não conseguiu dormir depois da eliminação na Copa do Brasil

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Por Redação
Atualização:

O goleiro Jefferson concedeu entrevista nesta quinta-feira para se explicar sobre a polêmica que foi envolvido após a eliminação do Botafogo diante da Aparecidense na primeira fase da Copa do Brasil. E também para lamentar o comportamento violento dos torcedores no desembarque do time, no Rio - o ônibus da delegação foi apedrejado.

+ Em notas, Botafogo e atletas repudiam protesto violento de torcedores

Antes do início das perguntas, Jefferson comentou o episódio em que foi flagrado rindo no campo de jogo logo a derrota por 2 a 1 para o time goiano. Nas redes sociais, alguns torcedores interpretaram que ele estava fazendo pouco caso.

O goleiro Jefferson, do Botafogo Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo

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"Juntamente com o grupo e com minha família estou bem tranquilo. Sei do meu caráter e de tudo que já fiz pelo Botafogo. O que mais me doeu foi ver a minha torcida, que amo de paixão e por quem já fiz de tudo, duvidar do meu caráter. É como se sua esposa e filhos duvidassem do seu caráter. Sei que os verdadeiros botafoguenses não duvidam do meu caráter. Se fossem de outros clubes eu não me importaria. Praticamente não dormi após a nossa queda da Copa do Brasil. Lamentamos muito, isso vai doer por bastante tempo, mas temos que levantar a cabeça, temos muitos jogos pela frente", disse.

Outro assunto que o goleiro se alongou um pouco mais para responder foi sobre os protestos dos torcedores no desembarque da equipe na quarta-feira. Em meio ao trânsito na saída do aeroporto Santos Dumont, torcedores tentaram cercar o ônibus botafoguense e apedrejá-lo.

"Sempre pregamos a paz nos estádios, principalmente com a violência que vivemos aqui no nosso Rio de Janeiro. Crianças sendo mortas, assassinatos. Repito, não foi a maioria da torcida do Botafogo. Muitos estão repudiando a ação dos que estiveram lá. Foi uma coisa muito triste. Saímos do aeroporto como bandidos, abaixados. Se uma pedra pega de jeito poderia ter até matado alguém. Estamos envergonhados com a eliminação, a obrigação era do Botafogo. Infelizmente isso acontece no futebol e ficamos tristes com isso. Repudiamos o que aconteceu no aeroporto e brigamos pela paz", afirmou.

Também presente na coletiva desta quinta-feira, o jovem Igor Rabello endossou o discurso do atleta mais experiente do Botafogo. O zagueiro não condenou o protesto dos botafoguenses que foram cobrar a equipe, mas sim o ato violento.

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"Acho que a torcida do Botafogo tem total direito de fazer protesto, reclamar, levar cartazes e não gostar do resultado, assim com nós não gostamos. Mas não da forma que foi. Com violência não concordamos. Se uma pedra daquela nos acerta poderíamos estar no hospital. O torcedor pode vir aqui nos cobrar, vamos recebê-los no Estádio, mas não com violência. Todos aqui acordam cedo e se doam pelo clube", falou.

Em meio à relação conflituosa com seus torcedores, o elenco do Botafogo precisa esquecer a eliminação da Copa do Brasil e se concentrar no duelo decisivo que terá pela Taça Guanabara, o primeiro turno do Campeonato Carioca. No sábado, enfrentará o Flamengo, em Volta Redonda, pela semifinal da competição.

Jefferson falou sobre o clássico: "Vamos fazer desse jogo contra o Flamengo a nossa vida. Vamos jogar pelo Felipe (Conceição, técnico), pelo Pimpão, pelo Gilson (os principais alvos dos protestos), pelos nossos torcedores que estão sofrendo nas ruas e também pelas nossas famílias. Vamos por todos, pela nossa família. O treinador só fica com os resultados".

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Na semana passada, em entrevista ao canal de TV Fox Sports, Jefferson, atualmente com 35 anos, falou sobre o desejo de se aposentar ao final da temporada e também as razões de sua decisão. Para isso, estabeleceu metas para alcançar antes disso: um título pelo Botafogo, a convocação para a Copa da Rússia e se tornar o terceiro atleta com mais jogos com a camisa alvinegra.

No vexame contra a Aparecidense, Jefferson chegou a marca de 442 jogos pelo Botafogo e se igualou a Manga, o quinto jogador com mais partidas pelo clube. "Representa muito e foco a longo prazo. Não entrei nesse jogo pensando em igualar a marca do Manga. Penso em vitórias, em títulos. Quero chegar no fim do ano com vitórias e um título. Não adianta chegar no fim do ano com 500 jogos e o Botafogo na Série B".

Jefferson agora está próximo de igualar a marca de Quarentinha, que tem 444 jogos, e de Waltencir, 453. Os dois primeiros dessa lista estão bem distantes: Nilton Santos, com 721 partidas, e Garrinha, 612.

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