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Jogadores brasileiros deixam o Kuwait

O Itamaraty conseguiu a liberação de 15 jogadores que atuam no futebol kuwaitiano e desejam regressar por causa dos ataques norte-americanos.

Por Agencia Estado
Atualização:

O Itamaraty poderá trazer brasileiros do Oriente Médio em vôos comerciais, se a demanda não for suficiente para justificar o envio das aeronaves da Força Aérea Brasileira que estão de prontidão no Rio de Janeiro, disse nesta sexta-feira o coordenador da Sala de Situação do Ministério das Relações Exteriores, Ruben Barbosa. O Itamaraty anunciou também que conseguiu a liberação de 15 brasileiros que atuavam no futebol kuwaitiano. Eles pediram interferência diplomática para que os clubes os liberassem das obrigações contratuais. Além disso, alguns clubes estavam retendo o passaportes de jogadores. Segundo as últimas notícias dos brasileiros recebidas pelo Itamaraty, dos 15 atletas (acompanhados de cinco familiares), sete já deixaram o Kuwait por meios próprios e oito desistiram de sair, por enquanto. Além do Kuwait, haveria quatro jogadores, incluindo Viola, pedindo a mesma ajuda diplomática para serem liberados por seus clubes na Turquia. Segundo Barbosa, as negociações na Turquia já começaram, mas ainda não houve resultados. Até o fim da tarde desta sexta-feira, 198 pessoas telefonaram e 120 mandaram e-mails para a Sala de Situação do Itamaraty, que está de plantão 24 horas por dia para fornecer e receber informações sobre a guerra desde a noite de segunda-feira. O telefone do centro de informações é 61/411-6161. CBF - Segundo o Departamento de Registros da CBF, somente no ano passado 56 jogadores brasileiros se transferiram para países próximos ao Iraque. A intervenção do Ministério das Relações Exteriores do Brasil foi necessária, pois alguns clubes - como o Gaziantepspor, da Turquia, onde atua o atacante Viola, um dos mais assustados com o conflito - não queriam liberar os brasileiros, sob ameaça de punição por quebra de contrato. Isso motivou a consulta à Fifa, por meio da embaixada do Brasil em Berna, Suíça. Em resposta, a Fifa sugeriu que as embaixadas brasileiras nos países vizinhos ao Iraque negociassem com as federações locais a liberação dos jogadores e garantiu que dará respaldo aos que quiserem interromper temporariamente seus compromissos com os clubes. Mas alguns brasileiros - como Romário, que está no Catar - não mostram, no momento, disposição em regressar ao País. Os atletas que estão no Kuwait, a princípio, deverão ir para países que não correm riscos de serem ameaçados para guerra, como o Egito. Depois, decidirão se voltarão ao Brasil. Mas o jogador argentino Chacana não esperou a ajuda do governo de seu país para deixar o Kuwait. Ele chegou nesta sexta-feira a Buenos Aires após obter permissão de seu clube, o Al-Arabi, para se ausentar por 15 dias. Pagou a viagem do próprio bolso.

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