Publicidade

Jogadores do Grêmio se comovem com festa da torcida

PUBLICIDADE

Por Elder Ogliari
Atualização:

Ao saber que o jogo do São Paulo contra o Goiás havia terminado, a torcida do Grêmio levantou e passou os últimos quatro minutos do jogo contra o Atlético Mineiro aplaudindo seu time e cantando seus hinos, numa demonstração de apoio ainda mais calorosa do que as que havia feito durante o restante da partida, vencida por 2 a 0, neste domingo, em Porto Alegre. Conformados com o desfecho, que prenunciavam inevitável, os gremistas encerraram o campeonato em emocionante clima de confraternização. Estavam tristes porque não conquistaram o título, mas valorizaram ao máximo o vice-campeonato e a classificação para a Libertadores, depois de terem iniciado a competição sob descrença geral. O capitão Tcheco, autor do primeiro gol do jogo, fez questão de dar uma volta completa na pista olímpica para agradecer aos torcedores de todos os setores do estádio. "Não há dinheiro que pague não ser campeão e ter um reconhecimento como esse", afirmou. "Na hora de fazer um contrato a gente pensa nisso e é por isso que vale a pena jogar aqui", prosseguiu, dando a entender que vai recusar outras ofertas para disputar a Libertadores pelo Grêmio. Com propostas do exterior, o ala Felipe Mattioni revelou que quer ficar se tiver chance de disputar a competição continental como titular. O zagueiro Jean, que chegou a dizer que queria sair, em outubro, por falta de chances, fez boas partidas como titular na reta final e agora quer ficar. "É gratificante jogar para essa torcida". Réver proclamou-se feliz por ver o que estava vendo ao sair do campo e triste por não dar o campeonato a "essa torcida maravilhosa". Lembrou, ainda, que o título seria o primeiro de expressão nacional da maioria dos jovens jogadores gremistas, como ele. O goleiro Victor, candidato a sucessor de Danrlei no coração da torcida, disse que reconhecimento igual ao dado pelos gremistas não se vê em lugar nenhum do mundo. Mas admitiu que, para ser ídolo como o goleiro dos anos 90 terá de ganhar títulos. Paulo Odone, presidente que assumiu o clube na série B, ao final de 2004, e entrega agora como vice-campeão brasileiro, também foi agradecer a toda a torcida. "Como dizia o Baltazar (artilheiro do time entre as décadas de 70 e 80), Deus está nos reservando algo melhor, e pode ser a Libertadores", afirmou.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.