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Jorge Wagner: o 'coração' do São Paulo

Jogador é peça fundamental no esquema do técnico Muricy Ramalho; companheiros de equipe concordam

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Por Giuliano Villa Nova
Atualização:

O São Paulo pode ainda não ter atingido o nível de entrosamento que o técnico Muricy Ramalho espera, nem feito exibições que enchem os olhos dos torcedores. Mas Jorge Wagner parece não ter perdido a boa forma que apresentou em 2007. Como no ano passado, o jogador é o responsável por boa parte dos gols do time, com passes e cruzamentos precisos. "Quando entro em campo, lembro do esforço que a diretoria fez para que eu ficasse no São Paulo e isso faz com que me empenhe ainda mais", diz Jorge Wagner. "Sei que minha função é decisiva para o time." Por conta da negociação entre São Paulo e Bétis, da Espanha, para a aquisição do seus direitos econômicos - que pertencem ao clube do Morumbi por mais três anos - Jorge Wagner iniciou a pré-temporada com alguns dias de atraso. Mesmo assim, readquiriu o condicionamento físico rapidamente. "Nas férias, joguei babá [futebol na praia] todos os dias, na Bahia", conta o jogador de 29 anos. "E, com o tempo e a experiência, o jogador aprende a se cuidar", opina o meia. Jorge Wagner marcou apenas um gol no Estadual (contra o Rio Claro), mas de seus pés saíram assistências para gols de Adriano (duas vezes) e Fábio Santos. Mesmo quando o lance não é de bola parada, os companheiros sabem: se a marcação apertar, Jorge Wagner estará por perto para receber a bola. "Ele não pára, corre de um lado para o outro. Acho que se todo time tivesse um Jorge Wagner, não teria tanto problema para se entrosar", observa o zagueiro André Dias. "Tenho liberdade para chegar à frente e surgir como opção para os companheiros", comenta o baiano de Feira de Santana, que não teme o desgaste físico e chega a desempenhar até três funções numa mesma partida. "Às vezes começo como meia, passo para a lateral e termino como volante", diz Jorge Wagner. "O importante é ter a confiança da comissão técnica, porque ela sabe o quanto posso render." Nem as constantes mudanças no time, em razão de suspensão ou contusão assustam Jorge Wagner. "No ano passado também sofremos com a saída de jogadores e tivemos qualidade no elenco para repor as peças", lembra. "Não temos um grupo muito grande, mas igualmente forte", projeta.

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