
20 de fevereiro de 2014 | 12h09
A denúncia alega que o Barcelona teria deixado de pagar mais de 9 milhões de euros em impostos ao não declarar todos os contratos com Neymar aos fiscais de renda da Espanha. No total, alguns compromissos firmados no acerto com o jogador, que chegariam a 37,9 milhões de euros, não teriam sido apresentados às autoridades espanholas, o que implicaria em uma suposta evasão fiscal do clube.
Até então, apenas o ex-presidente do Barcelona, Sandro Rosell, responsável pela contratação de Neymar, estava sendo diretamente investigado pelo caso - ele renunciou ao cargo justamente por causa dessa polêmica na transferência do jogador. Mas a promotoria entende que o clube, como pessoa jurídica, também pode ser responsabilizado pela suposta evasão, argumento que foi aceito pelo juiz.
Ainda na quarta-feira, o Barcelona divulgou um comunicado para apresentar sua defesa preliminar no caso, garantindo que agiu "dentro da lei" com as obrigações fiscais na contratação do brasileiro. O clube também prometeu que estará totalmente disposto a colaborar com a Justiça, "como esteve desde o primeiro momento ou em qualquer outro em que seja requisitada a sua intervenção".
A contratação de Neymar foi oficialmente fechada em maio do ano passado, mas o Barcelona e o pai do jogador revelaram recentemente que já tinham um acerto preliminar desde 2011, quando o clube teria adiantado o pagamento de 10 milhões de euros para ter prioridade de ficar com ele quando acabasse seu vínculo com o Santos que estava vigente na época e ia até a Copa do Mundo de 2014.
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