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Júnior acha que deu a volta por cima

Por Agencia Estado
Atualização:

Júnior chegou ao São Paulo no fim do ano passado, para ser a solução da lateral esquerda. Não demorou para se tornar o titular, mas nem de longe era aquele Júnior que fez sucesso no Palmeiras. Ele não gostava de ser substituído e nunca escondeu a insatisfação com o técnico Leão. O atrito culminou com o afastamento nas três últimas partidas de 2004. Sequer era relacionado e perdeu o lugar para Fábio Santos. Apesar disso, o presidente Marcelo Portugal Gouvêa bancou a permanência do jogador até agosto. E Júnior trocou o ostracismo por grandes atuações. ?Eu sou um cara de palavra. Falei que ficaria até agosto e é o que vai acontecer?, garante. Agência Estado - O que mudou do fim do ano passado para o início de 2005? Júnior ? Quando eu cheguei, não estava bem. Ainda estava preocupado com alguns problemas particulares relacionados ao Parma e não tinha feito uma boa preparação. Cheguei aqui e o campeonato estava a todo vapor, com todos os jogadores no embalo. Senti muito a parte física e isso fez com que eu não rendesse tanto. Agora, tudo mudou. Comecei a fazer a pré-temporada com o restante do grupo e o meu futebol começou a aparecer. AE - Você pensou em sair antes do fim do contrato? Júnior - Não. Sempre tive a confiança de todos. O presidente e os diretores sempre conversaram comigo e eu sou um cara de palavra. Falei que ficaria até agosto e é o que vai acontecer. Depois não sei o que vai acontecer. O São Paulo abriu as portas para o meu retorno ao Brasil e, até lá, quero dar muitas alegrias. AE - Falaram muita coisa do seu relacionamento com o Leão... Júnior - Tenho que respeitar o treinador. Ele é que manda. Lógico que fiquei chateado de não jogar porque vim para o São Paulo para isso e não estava no meu melhor momento. Agora está tudo sanado entre nós dois. Tudo tranqüilo e perfeito. AE - Foi difícil o retorno ao Brasil? Júnior - Precisei passar por uma readaptação e só agora estou melhorando. Eu me acostumei bem ao futebol europeu, principalmente ao italiano. Consegui manter uma boa seqüência de jogos, conquistei um título pelo Parma (a Copa da Itália) com um gol meu. Foi uma experiência excelente. AE - Ficou chateado pela forma como saiu do Parma (o clube precisou se desfazer dos principais jogadores, inclusive Júnior, após a quebra da Parmalat)? Júnior - Um pouco. O Parma sempre foi uma potência, um ótimo clube para trabalhar... E com a saída da Parmalat, tudo mudou. Eu não sabia o que seria do meu futuro e acabei saindo. Isso me deixou triste. Mas é passado. AE - É mais difícil voltar para a Seleção jogando no Brasil? Júnior - Não. É até bom estar aqui no São Paulo porque sei que estão de olho. Meu sonho é jogar mais uma Copa do Mundo e quero brigar por isso. Esse é meu objetivo. O Parreira me conhece, mas estou tranqüilo. AE - Com 31 anos, você já pensa no fim da carreira? Júnior - A idade está chegando, mas ainda tenho bastante tempo de futebol. Enquanto a perna agüentar, vou jogar. AE - Como é jogar no São Paulo, depois de ser ídolo pelo Palmeiras? Júnior - Todos sabem o carinho que tenho pelo Palmeiras e pelas pessoas que estão lá. Quem sabe não encerro a carreira lá... Seria um prazer vestir a camisa do Verdão.

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