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Júnior Baiano nega relação com tráfico

O zagueiro do Flamengo voltou a negar nesta segunda-feira, em depoimento realizado na Bahia, que tenha qualquer ligação com a quadrilha Quinta Elite.

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Por Agencia Estado
Atualização:

O jogador Júnior Baiano do Flamengo confirmou em depoimento prestado nesta segunda-feira ao delegado Aldaci Ferreira que doou dinheiro equivalente ao valor de um carro a Silton Nascimento Dórea acusado pela polícia da cidade de Feira de Santana - a 100 quilômetros de Salvador - de integrar uma quadrilha de traficantes de drogas conhecida como Quinta Elite, com intensa atividade na região. Ele negou, no entanto, qualquer envolvimento com a quadrilha e justificou o fato pela amizade de infância com Dórea. "Dei uma quantia de dinheiro (não sabia se ele iria comprar um carro ou não) porque é um grande amigo de infância que tenho maior carinho e consideração", disse, explicando que não é amigo de um dos irmãos de Silton, Sérgio também acusado de integrar o bando. O nome de Júnior Baiano apareceu numa conversa "grampeada" entre Silton e outro traficante durante a investigação da polícia, com autorização do juiz da Vara de Tóxicos e Entorpecentes, Paulo Sérgio Barbosa. Silton diz que ganhou um veículo Golf completo do amigo, mas não há nenhuma evidencia de ligação do jogador com a quadrilha nessa conversa. Júnior Baiano passou uma hora e meia com o delegado e não se esquivou de responder qualquer pergunta. Disse que fez questão de comparecer à delegacia para esclarecer logo o assunto, pois isso pode prejudicar seu rendimento num momento que o Flamengo luta contra o rebaixamento. "Quando você não deve nada não se preocupa, mas como a gente está trabalhando no Rio para tirar o Flamengo da situação incômoda que se encontra acontecer essas coisas atrapalha", comentou. Indagado se preocupava a possibilidade da polícia ter alguma gravação dele com os integrantes da quadrilha, o jogador disse que se houver alguma conversa "foi de coisa normal, não de eu estar envolvido com alguma coisa". Ele confirmou estar tranqüilo e não "dever nada". O delegado vai enviar o depoimento ao juiz Barbosa que determinará se o jogador vai ser incluído no processo.

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