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Júnior ensina o caminho ao São Paulo

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Por Agencia Estado
Atualização:

Júnior está muito confiante em conseguir o segundo título de Libertadores na sua carreira, depois de ganhar em 99, pelo Palmeiras. Ele vê o São Paulo unido, forte e com pinta de campeão. E, para ele, a troca de Leão por Paulo Autuori tem um papel muito importante nisso. Agência Estado - Quais as chances do São Paulo na Libertadores? Júnior - Muito boas. O time está unido, com jeito de campeão. AE - Só agora? Júnior - Só agora. Foi campeão paulista, mas o grupo não era unido. AE - Qual o motivo? Júnior - O Autuori dá mais espaço para os jogadores. Ele incentiva o diálogo. Não é por ser superior aos jogadores que o técnico precisa ser arrogante. AE - Autuori é diferente do Leão, que seria autoritário como Felipão? Júnior - Você está enganado com o Felipão. Ele é como um segundo pai. O Leão dá a ordem e pronto! Não pode ser assim: eu falo, você escuta; eu mando, você obedece. O Autuori é diferente. AE - Você e o Leão tiveram problemas. Ele chamou sua atenção e o afastou de um jogo. Júnior - O técnico tem de respeitar todo mundo, dos mais velhos aos mais novo. Assim se consegue a união. AE - Como evitar a desclassificação no jogo contra o Tigres? Júnior - Temos vantagem de quatro gols, mas se pensarmos muito nisso, complica. Tem de jogar o tempo todo com raça. AE - E onde buscar a motivação? Júnior - Uma idéia é todo mundo se colocar um desafio. Vamos sair de lá sem tomar gols, por exemplo. Como fazer? Mantendo o ritmo. Todo mundo tem de marcar. O Josué, o Mineiro, nós na defesa, o Luizão, o Grafite, todos têm de ajudar... AE - Mas Grafite não joga. Júnior - É verdade (emocionado). O Grafite é tão importante que eu esqueci da operação. Ele é um guerreiro. Temos de ganhar a Libertadores e oferecer o título a ele. Ninguém merece mais do que ele. AE - Que lições você tem das Libertadores que disputou? Júnior - Em 99 fomos campeões no Palmeiras. E eu nem lembro o nome do time que a gente venceu. E foi um sufoco enorme. Eles ganharam de 1 a 0 lá e nós vencemos por 2 a 1 aqui no Palestra. Se fosse pela regra de hoje, eles seriam campeões. Então, a lição é essa: mesmo contra um adversário sem tradição, o jogo é difícil. Tem de respeitar todo mundo. (O vice de 99 foi o Deportivo Cali). AE - E em 2000? Júnior - A gente empatou com o Boca, lá, por 2 a 2 e aqui, por 0 a 0. Perdemos nos pênaltis. E o Asprilla perdeu um gol feito, debaixo da trave. É difícil, mas não se pode perder chances desse tipo. AE - Sem o Cicinho e o Grafite, você vai ter de subir em todas? Júnior - Será que eu agüento? O Autuori vai conseguir criar alternativas táticas. Ele trabalhou na Europa, conhece as táticas. E o Michel é muito bom, é só ele entrar em forma. AE - Banfield ou River? Júnior - River, lógico! É mais técnico, deixa jogar. O Banfield complica... AE - Então, seguindo o seu raciocínio, o Santos é o seu preferido para fazer a final? Júnior - Seria uma final de nível, uma festa para quem fosse ao estádio. AE - E o Robinho, não assusta? Júnior - O Robinho é sensacional, mas nós temos um bom time. E estamos prontos.

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