Justiça bloqueia bens de Eurico Miranda

A decisão contra Eurico e Antônio Calçada foi do juiz da 39ª vara Cível da Justiça Estadual do Rio. A sentença foi proferida em prol de 22 sócios do Vasco.

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Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente do Vasco, Eurico Miranda, e o presidente de Honra do clube, Antônio Soares Calçada, tiveram hoje seus bens tornados indisponíveis pelo juiz da 39ª vara Cível da Justiça Estadual do Rio, Luiz Antônio Valiera do Nascimento. A sentença foi proferida em prol de 22 sócios, que acusaram os dirigentes de estarem dilapidando o patrimônio da instituição. Em seu despacho, o juiz argumentou que a decisão, tomada em caráter liminar, teve por objetivo garantir uma eventual necessidade de ressarcimento dos prejuízos patrimoniais ao Vasco. Para Nascimento, Eurico Miranda e Calçada "experimentaram fantástico aumento patrimonial durante os anos em que vêm exercendo cargos na diretoria administrativa do clube". Ele acrescentou que "o Sr. Eurico, de modesto empregado de empresa revendedora de veículos, se tornou proprietário de considerável patrimônio no Brasil e exterior, além de participações societárias em empresas". Para assegurar o cumprimento de sua sentença, o juiz expediu ofícios aos cartórios de registro de imóveis de Laranjeiras e Angra dos Reis, ao Banco Central e à Junta Comercial. Se a decisão for descumprida, será aplicada uma multa de R$ 400 mil por mês. O juiz também citou os possíveis crimes cometidos por Eurico Miranda e Calçada, que o motivaram a indispor os bens dos dirigentes. De acordo com Nascimento, ambos obtiveram vantagens financeiras indevidas com a venda de atletas, manutenção de contabilidade paralela por meio de "laranjas", remessa de dinheiro para o exterior, sonegação fiscal, caixa dois e utilização de recursos do clube mediante solicitações de créditos, em contas de terceiros, de valores devidos pela Vasco da Gama Licenciamentos S/A. Nascimento ainda lembrou o desvio de R$ 13,5 milhões, constatado pela CPI do Futebol, "que terminou com a instauração de um inquérito policial pelo Procurador-Geral da República".

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