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Justiça dos EUA pede arquivamento de processo civil por estupro contra Cristiano Ronaldo

Juiz federal de Nevada considera que advogados de Kathryn Mayorga, que faz a acusação, agiram de 'má fé' ao se basear em documentos vazados e roubados. Na esfera criminal, caso já havia sido engavetado após acordo de 300 mil euros

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Por Redação
Atualização:

Um tribunal federal de Las Vegas, nos Estados Unidos, recomendou nesta quinta-feira o arquivamento do processo civil movido pela americana Kathryn Mayorga contra Cristiano Ronaldo. O jogador português é acusado de estupro e, por causa disso, chegou a ser alvo de protesto em sua reestreia no Manchester United há algumas semanas.

O juiz federal Daniel Albregts, do estado de Nevada, considerou na decisão que os advogados da Mayorga se basearam em documentos vazados e roubados, além de comunicações privadas entre Cristiano Ronaldo e sua defesa. "Rejeitar o caso de Mayorga pela conduta inadequada de seu advogado é um resultado duro", escreveu Albregts em sua recomendação à juíza distrital americana Jennifer Dorsey. "Mas é, infelizmente, a única sanção apropriada para garantir a integridade do processo judicial".

Processo por estupro contra Cristiano Ronaldo foi arquivado na esfera civil Foto: Patricia de Melo Moreira/AFP

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Mayorga era representada na causa pelo advogado Leslie Mark Stovall. De acordo com o magistrado, ele "agiu de má fé em detrimento de seu cliente e de sua profissão". Stovall não foi localizado para comentar a decisão. Em entrevista à TV inglesa Eurosport, o advogado do craque comemorou a decisão. "Estamos contentes por ver que o tribunal reviu esta matéria e mostrou vontade de aplicar a lei aos fatos, recomendando o arquivamento do caso civil contra Ronaldo", disse Peter Christiansen. Agora, os advogados de Mayorga têm 14 dias para recorrer da decisão, a segunda desfavorável a ela.

Vale lembrar que o processo criminal movido contra Cristiano Ronaldo já tinha sido arquivado. O caso, porém, não chegou a ser julgado, já que ambas as partes chegaram a um acordo extrajudicial de pouco mais de 300 mil euros (R$ 1,9 milhão na cotação atual). Porém, em 2018, Mayorga denunciou novamente o jogador nos Estados Unidos, garantindo que ela estava "mentalmente incapacitada" ao aceitar o acordo e que também o fez sob coação.

Recentemente, o jornal inglês Mirror revelou que a modelo exigia uma nova indenização de mais de 60 milhões de euros (cerca de R$ 420 milhões). A quantia seria a soma de 20,7 milhões de euros (R$ 134 milhões) pela "dor e sofrimento passados", mais 18 milhões de euros (R$ 116 milhões) pela "dor e sofrimento futuros" e 18 milhões de euros (R$ 116 milhões) por danos punitivos. A quantia ainda contaria com os honorários dos advogados e as despesas jurídicas, que chegam a 2,8 milhões de euros (R$ 18 milhões).

O caso do suposto estupro teria acontecido no dia 12 de junho de 2009. Na ocasião, Mayorga afirma que Cristiano Ronaldo a convidou para sua cobertura no hotel Palms, em Las Vegas. Dentro do quarto, o jogador teria oferecido camisa e shorts para que ela entrasse em uma jacuzzi. Nesse momento, segundo ela, o atleta a teria atacado.

A acusação diz que Cristiano Ronaldo pediu para que a moça fizesse sexo oral nele e, com a recusa, ele a teria levado para um quarto e a estuprado. Em seguida, segundo a acusação ainda, o jogador português teria oferecido a quantia em dinheiro para que Mayorga ficasse em silêncio e que ela teria assinado um contrato para firmar o acordo.

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Em 2018, o assunto foi divulgado pela revista alemã Der Spiegel. Na mesma semana, no Instagram, Cristiano Ronaldo afirmou que a versão da mulher era uma mentira. "O que foi publicado é 'fake news', querem se promover usando meu nome. É normal, querem ficar famosos com o meu nome, é parte do meu trabalho, mas sou um homem feliz, e está tudo bem", apontou na época.

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