Kaká diz que precisa fazer gol de pênalti

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Kaká foi o primeiro jogador a deixar o vestiário depois da vitória sobre Honduras. Enquanto o técnico Ricardo Gomes dava entrevista na sala de imprensa, ele passou rapidamente pelo corredor e foi para o ônibus. Estava chateado por ter perdido um pênalti no primeiro tempo e um gol incrível no segundo - se o Brasil tivesse vencido por dois gols de diferença, estaria garantido nas quartas-de-final da Copa Ouro. "São coisas que acontecem num jogo e é normal ficar chateado, mas hoje estou bem. A única coisa ruim é ficar dependendo do resultado dos outros. A vaga estava na mão e fugiu porque o juiz inventou um pênalti para eles no último minuto." O pênalti de terça-feira foi o segundo que cobrou este ano. E o segundo que errou - o outro foi contra a Portuguesa Santista, no Morumbi, na primeira fase do Campeonato Paulista. "Estou precisando fazer um gol de pênalti", brincou. "Escolhi o canto antes de ir para a bola e não mudei. Bati com força, mas a bola não foi muito para o canto e por isso o goleiro conseguiu chegar." Como tinha acontecido no segundo tempo da partida contra o México, ele foi aproveitado como atacante por Ricardo Gomes, servindo de referência na frente e enfrentando os zagueiros no corpo a corpo. Embora não seja sua função preferida e tenha ficado muito isolado no segundo tempo - tanto que o treinador já disse que providenciará um parceiro para ele no próximo jogo, caso o Brasil se classifique -, Kaká continua disposto a se sacrificar pelo time. "Jogo onde for preciso. Independentemente do esquema, o mais importante é a gente se entrosar. O Diego e o Robinho são grandes jogadores, mas só jogamos juntos duas vezes e por isso ainda não temos o entendimento ideal. E também temos de aproveitar melhor as chances, porque nós estamos criando bastante." Kaká não treinou hoje. Como os outros jogadores que começaram a partida contra Honduras, ele passou o dia no hotel. Descansou pela manhã e à tarde fez sauna e relaxamento numa banheira cheia de gelo. Diferentemente da maioria dos jogadores, ele não acha tão vantajoso que a Seleção troque a Cidade do México por Miami, que fica ao nível do mar. "Sinceramente, a altitude não está mais nos atrapalhando tanto. Cansamos no segundo tempo do jogo contra Honduras porque tínhamos jogado domingo com o sol do meio-dia e tido só dois dias de descanso, além de enfrentar um campo pesado por causa da chuva. Se formos para Miami e depois chegarmos à final, vamos ter de voltar para cá e encarar a altitude de novo. Acho que seria melhor ficar aqui até o final da competição. Com tempo para descansar, podemos jogar bem aqui."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.