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Kia declara guerra a Citadini

Presidente da MSI deixou a diplomacia de lado e atacou o vice-presidente Antonio Roque Citadini, dizenddo que ele "não entende nada de futebol".

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Por Agencia Estado
Atualização:

Kia Joorabchian, o chefão da MSI, resolveu mudar o comportamento repentinamente e deixou de lado o estilo diplomático, que o vinha caracterizando, para atacar sem dó o vice-presidente do Corinthians Antonio Roque Citadini. Pegou todo mundo de surpresa. "Quando ouço o vice-presidente (Citadini) falando de futebol, vejo que não entende nada", disparou o iraniano, durante o programa Mesa Redonda, da TV Gazeta, na noite de domingo. "Ele contratou dois atacantes que fizeram 3 gols em 48 jogos na temporada passada", acrescentou. Kia referiu-se a Marcelo Ramos e Alberto, que chegaram ao Parque São Jorge em 2004, mas não tiveram sucesso e acabaram dispensados. Citadini, que sempre se manifestou de forma contrária à parceria Corinthians/MSI e, por isso, afastou-se do Departamento de Futebol, ficou sabendo das declarações do adversário político e retrucou na mesma intensidade. "Não dá para responder a uma pessoa que invade o vestiário do time em estado apopléctico", rebateu o dirigente. O vice-presidente corintiano fez alusão à entrada de Kia no vestiário da equipe após a derrota para o São Paulo por 1 a 0, há 9 dias. Depois daquela partida, a MSI decidiu demitir o técnico Tite e, então, contratar Daniel Passarella. "Ele é como um menino mimado." Kia comentou que Citadini só falou "bobagem ao acusá-lo de lavagem de dinheiro e outros atos suspeitos" e afirmou não entender a razão de ele criticar tanto a parceria. "Os ataques que ele faz não têm sentido. Ele quer que os torcedores vão ao estádio para ver média de um gol por jogo, como no ano passado?" O cartola corintiano disse saber das razões pelas quais "Kia anda tão irritado e o criticou na televisão". "Eles (MSI) estão profundamente nervosos. Acreditavam que chegariam ao Brasil e fariam o que bem entendessem. Só que já têm problemas com o Banco Central, com o Ministério Público", observou. "Achavam que o Brasil era a República das Bananas. Por isso, estão irritados." O iraniano vinha, até então, respondendo a parte da imprensa que o criticava, mas jamais havia entrado em conflito com algum dirigente do Corinthians. Agora, cada vez mais poderoso, demitindo e contratando, Kia sente-se à vontade para agir como o verdadeiro presidente do clube.

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