Publicidade

Kia promete construir estádio

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Em três anos, no máximo, os brasileiros conhecerão o novo estádio corintiano, garante o executivo da MSI, Kia Joorabchian. "Neste período, vamos montar um grande time, fortalecer o caixa do clube e construir um local adequado para a importância do Corinthians", prometeu. O terreno ainda não existe. "Não tivemos tempo de ver esse detalhe ainda", afirmou o iraniano. Surpreendente foi ouvir de Kia a confirmação de que o milionário russo Boris Berezovski pode participar do projeto. "A prioridade será dos atuais investidores ligados à MSI, depois vou procurar meus amigos", afirmou. Em novembro de 2004, Berezovski, exilado em Londres após condenação por envolvimento com contrabando de armas na Chechênia, disse ao repórter do Estado Jamil Chade que não havia aceito financiar diretamente a MSI, porém, não descartava construir o estádio do clube. No início de agosto do ano passado, Kia levou a Londres e à Geórgia uma delegação com quatro representantes do Corinthians. "Queria mostrar a eles nossos escritórios na Europa, levei-os para almoçar e jantar com alguns amigos", detalhou o iraniano. "Visitamos sim o Boris e o Badri (Patarkatsishvili, proprietário do clube Dínamo de Tbilisi), mas eles disseram que não fariam parte da parceria." A repercussão no Brasil da participação dos dois magnatas foi péssima, e Kia passou a negar qualquer ligação com eles. Quarta-feira, porém, defendeu Berezovski: "Ele é perseguido político na Rússia, mas tem trânsito livre em vários países. Não é possível que todo mundo esteja errado". Seus planos têm como data-limite, invariavelmente, o fim de 2007. Para estes três anos, revelou pretensões bem mais modestas do que as anunciadas para convencer os conselheiros corintianos a aprovar a parceria. "O objetivo é conquistar um título brasileiro em três anos. Eu quero ganhar os três, mas não é esse o planejamento idealizado", disse. Se desencantou quem esperava ouvir do dirigente, após a fortuna investida, que o time era franco favorito no Campeonato Brasileiro. "Futebol é engraçado. Muitas vezes uma equipe sem craques, com jogadores das categorias de base, vai longe. E a melhor não chega à taça." Neste ano, a meta é a conquista de uma das vagas na Taça Libertadores. Após o tropeço anteontem diante do Cianorte, 3 a 0 em Maringá, as chances de classificação ficaram bastante reduzidas na Copa do Brasil, onde o campeão se qualifica para a competição continental. "Temos de estar pelo menos entre os quatro melhores do Campeonato Brasileiro", disse, e emendou: "A segunda intenção é conquistar o título, porém, não há obrigação". A projeção da equipe no exterior é o fim de todas suas ações. Contratou três atletas e um técnico argentinos - Sebá, Carlos Tevez, Mascherano e Daniel Passarella - por causa disso. Acredita valorizar a marca com grandes e famosos craques. Sem patrocínio na camisa atualmente, recebeu oferta de uma grande companhia européia no valor de US$ 6 milhões por ano, podendo chegar a US$ 8 dependendo dos resultados do time nas competições. "Mas até o fim de março, não decidirei nada sobre isso", declarou.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.