Publicidade

Leão ?aceita? o empate em Jundiaí

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Se existe um time paulista que é, em campo, uma extensão das convicções táticas e da personalidade de seu treinador, esse é o São Paulo de Leão. Um time que luta desde o início até o final, que marca muito e que não abdica de atacar. Jogou 12 vezes no ano, conseguiu nove vitórias e cedeu apenas três empates. Todos fora de casa. "Nós vamos atacar sempre, desde o começo. Só vamos deixar de atacar, de buscar a vitória, quando tivermos uma boa vantagem sobre o adversário. Aí, podemos pensar em administrar vantagem. Antes, vai ser sempre no ataque, como hoje", diz o treinador. E não é retórica. Ele começou com Souza na lateral. Depois, o trocou por Vélber, que também é meia. Após o empate, tirou Josué e colocou mais um atacante. O time terminou a partida com Vélber e Jean abertos, Luizão e Grafite no meio da área. "No final, não tinha mais esquema tático. A ordem era o Lugano e o Edcarlos defenderem e o resto atacando. Eu ia tirando gente da defesa e colocando atacantes. A gente tinha de ganhar", explicou Leão após a partida contra o Paulista. Leão nega que as notícias da vitória parcial do Palmeiras tivessem feito com que ele radicalizasse nas substituições ofensivas. "Nada disso. Não me preocupo com os outros. Não dependemos de resultados. Nós temos de vencer e assim o título vem. Era importante ganhar aqui." Não deu. Mesmo atacando tanto, o time empatou com um adversário que tinha apenas dez em campo, desde os 22 minutos do segundo tempo e está em posição modesta na tabela de classificação do Campeonato Paulista. Leão lamenta, mas reconhece que o empate foi bom. "Foi bom, mas poderia ser excelente. Nós tornamos o jogo muito difícil. Erramos bastante. Nós demos muitas chances para eles e eles não deram nada para nós. Tivemos de correr atrás, o tempo todo. É muito difícil isso." Ele explica as chances dadas ao Paulista. "O primeiro gol foi um erro duplo nosso, permitindo o cruzamento e a definição. Depois, no segundo gol, o garoto fez tudo certo. Foi trombando e prosseguindo em direção à nossa área. Nós não matamos a jogada. Parecia que um esperava que o outro resolvesse. Então, ele acertou um belo chute. Não é a dele, mas acertou." Leão acabou "aceitando" o empate principalmente pelos desfalques que o time teve. "Não era apenas o Cicinho e o Mineiro. Também não tivemos o Tardelli e o Fabão. E não podemos esquecer que o Rodrigo foi vendido." Para ele, não existe a desculpa do cansaço. "Viemos da altitude para cá, mas não sentimos nada. Isso não atrapalhou, não. Tanto que terminamos o jogo em cima do gol deles. Até que dava para ganhar, mas não vamos ficar chorando." Na quarta-feira, o jogo é pela Libertadores contra o Univesidad do Chile. Para Leão, nada muda. "É no Morumbi, temos de ganhar. Ganhando aqui e aprontado para os adversários fora de casa, fica mais fácil chegar lá." Lá, onde o São Paulo não chega há muito.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.