PUBLICIDADE

Leão critica FPF por punição e espera ter Lucas em jogo

Técnico do São Paulo acha que suspensão de Willian José por dois jogos foi injusta

Por Bruno Deiro
Atualização:

SÃO PAULO - Depois de detonar a CBF na última sexta-feira e acabar conseguindo a liberação do meia Lucas para o clássico de domingo, contra o Palmeiras, em Presidente Prudente, Emerson Leão resolveu mirar a sua metralhadora giratória na Federação Paulista de Futebol (FPF) nesta terça. O técnico do São Paulo agora está indignado com o fato de o atacante Willian José ter sido suspenso por dois jogos, na última segunda, em julgamento no Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) da FPF e virado desfalque para o confronto de quinta, contra o Guaratinguetá, no Morumbi.O jogador foi punido pela sua expulsão no jogo contra o Paulista e já havia cumprido suspensão automática contra o Bragantino. Porém, agora terá de cumprir nova partida neste duelo da 11.ª rodada do Campeonato Paulista. Nesta terça, Leão qualificou a suspensão, provocada por falta dura em Junior Alves, como injusta."Não só porque era réu primário, mas ele não merecia. Dos três (jogadores do São Paulo julgados na última segunda), o que mais agrediu foi o João, que pegou um jogo só (de suspensão). Mais uma vez perco um atacante e tenho que recorrer. Quem sabe ocorra igual ao que ocorreu com o Andrés (Sanchez) e a CBF e o tribunal diga que se expressou mal e volte atrás", disse Leão, se referindo ao fato de que os zagueiros João Filipe e Paulo Miranda foram punidos na última segunda com apenas uma partida de gancho, já cumprida pelos dois.João Filipe foi expulso no clássico contra o Corinthians, enquanto seu companheiro de zaga recebeu cartão vermelho contra o Paulista. O primeiro deles foi punido por falta dura em Jorge Henrique e Leão considera que essa infração foi mais violenta do que a cometida por Willian José no duelo diante do time de Jundiaí. No episódio que envolveu Lucas, Leão criticou duramente a CBF pela entidade não ter liberado o jogador para enfrentar o Palmeiras, pois ele teria de embarcar no sábado à noite rumo à Suíça para defender a seleção brasileira no amistoso desta terça-feira, contra a Bósnia-Herzegovina. E a atitude do treinador surtiu efeito, pois o meia acabou sendo liberado para viajar apenas depois do clássico, no domingo à noite. Na sexta-feira, Andrés Sanchez, diretor de seleções da CBF, chegou a dizer que a entidade não iria liberar o atleta, mas perdeu a queda de braço que travou com o comandante são-paulino.Ao comentar a briga com a CBF, Leão evitou agradecer Andrés por ter cedido à pressão e dito que só não tinha liberado Lucas antes porque o São Paulo não fez um pedido oficial à entidade pela liberação. "Sinceramente, não entendo isso como retratação, mas estou satisfeito que a inteligência ajude a todo mundo. Ele (Andrés) errou na colocação e voltou atrás", disse.E, apesar de Lucas estar na Suíça para o amistoso da seleção, Leão revelou ter esperança de contar com o jogador nesta quinta-feira, diante do Guaratinguetá. "Pelo que vi, não está escalado para o jogo (da seleção). O jogo (do São Paulo) é quinta, ele é garoto e está sempre jogando. Então ele até pode jogar na quinta-feira", disse o treinador.TRAVE MAIS BAIXA

Além de criticar a suspensão de Willian José, Leão reclamou nesta terça também das condições enfrentadas pelo São Paulo no Estádio Prudentão no último domingo. O treinador apontou que as traves do local estavam fora das medidas oficiais e acabaram prejudicando o time são-paulino em certo momento do clássico. "A federação fez vistoria em vários gramados, inclusive em Presidente Prudente, e chegamos à conclusão de que a trave estava seis centímetros mais baixa. O Cícero chutou uma bola no travessão. Se (a trave) estivesse no lugar certo, entrava. O estádio tem que estar de acordo com as regras, mas o empate por 3 a 3 ficou de bom tamanho. Os erros têm de ser corrigidos, mas antes de o campeonato começar", disse o comandante, seguindo as críticas à Federação Paulista de Futebol.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.