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Leão divide opiniões no Palmeiras

Por Agencia Estado
Atualização:

Os conselheiros do Palmeiras estão divididos em relação a Leão. Os boatos de que se não renovar com o Santos poderia voltar a trabalhar no Parque Antártica têm movimentado mais as conversas do que a própria eleição para a presidência do clube. E tudo que diz respeito a Leão é absolutamente polêmico. Há quem o defenda. Há aqueles que o detestam e julgam não merecer voltar a comandar o Palmeiras. Para estes últimos, o técnico estaria usando o Palmeiras para pressionar a diretoria santista em busca de um aumento substancial para continuar na Vila Belmiro. Como tudo depende do presidente do Palmeiras, Mustafá Contursi, fica impossível saber qual ala irá prevalecer. Os indícios são contraditórios. Mustafá quer um nome de impacto para dirigir o time no próximo ano. Já havia conseguido a promessa de Luiz Felipe Scolari que, caso não acertasse com a Seleção de Portugal, assumiria o Palmeiras. Só que o contrato com os europeus foi fechado. Os conselheiros que apóiam Mustafá não querem que Levir Culpi continue dirigindo a equipe. Acham que se ele não foi o único responsável pelo rebaixamento - o time foi formado por Vanderlei Luxemburgo -, teve chance de salvar o time e fracassou. Histórico - A história de Leão no Palmeiras é uma relação de ?amor e ódio?. Marcou época como goleiro. Ao lado de Oberdã, merece ser classificado como um dos dois melhores da história do clube. Mas sua personalidade forte o jogou várias vezes contra os dirigentes palmeirenses. Seus inimigos fazem questão de lembrar que, na final do Campeonato Brasileiro de 1978, ele, como capitão da equipe, pediu aumento salarial para os jogadores derrotarem o Guarani e conquistar o título. A diretoria não aceitou pagar mais do que o combinado. No primeiro jogo da decisão, Leão deu uma cotovelada no jovem Careca: pênalti contra o Palmeiras - e ele ainda foi expulso. Muitos consideraram uma vingança do goleiro, que foi vendido ao Vasco. Mas a ligação umbilical com o Palmeiras continuou. Tanto que logo após ter sido campeão paulista em 1983 com o Corinthians, voltou ao Parque Antártica em 1984 e jogou até 1986. Sua carreira como treinador começou no Sport, passou pelo São José e trabalhou no Palmeiras em 1989 e 1990. Foi sua fase mais arrogante como treinador. Tinha todo o apoio do diretor de futebol, Márcio Papa. Tratava mal os jogadores e a imprensa. Mandou tomar filmes do fotógrafo Marcos Fernandes, que na época trabalhava na Agência Estado, por ter registrado uma briga de jogadores. Além de não ter conseguido títulos com o Palmeiras, deu aval a uma troca ridícula de jogadores: Neto e Denis pelo lateral Dida e pelo meia Ribamar, que fracassaram no Palmeiras. Em 1997, quando seu relacionamento havia melhorado com os dirigentes do Palmeiras, Leão dirigia o Atlético-MG nas semifinais do Brasileiro. Foi eliminado pelo Palmeiras. Quando conselheiros do Parque Antártica foram conversar com ele, tiveram de ouvir palavrões pelo fato de os juízes terem ?ajudado? o clube paulista e a frase que repercute até hoje no Palmeiras. "Joguei no Palmeiras e sei como o clube trabalha para conseguir títulos." Independentemente de ter feito ou não a acusação, dirigentes que detestam Leão repetem a cada conselheiro a desfeita. Seu nome sempre é citado quando o Palmeiras está sem treinador. Empréstimo - E nesta terça-feira o clube emprestou Lopes ao Flamengo por um ano. O negócio foi facilitado porque o problemático meia queria voltar ao Rio e pelo fato de o empresário Leo Rabelo ter 50% de seu passe.

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