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Leão exige respeito para vencer outra

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Por Agencia Estado
Atualização:

Mesmo sabendo que o Internacional vem oscilando nas últimas rodadas, o técnico Émerson Leão exige de seus jogadores cuidado e respeito aos gaúchos no jogo deste sábado, às 16 horas, no Parque Antártica. Para mostrar que o Palmeiras não terá vida fácil, nesta sexta-feira o treinador dedicou parte de seu discurso às qualidades de seu colega Muricy Ramalho e ao enorme potencial do adversário. Disse o treinador palmeirense: "É mais uma pedreira. O Muricy é um técnico que saiu do campo, como eu, e a visão periférica dele é muito grande. E o Inter já mostrou nesse mesmo campeonato que é um bom time. Por isso precisamos tomar muito cuidado nesse jogo." Outra preocupação é fazer com que os seus jogadores mantenham os pés no chão. A campanha invicta do time em suas mãos, com quatro vitórias e três empates, é um fato que não pode se transformar numa espécie de ilusão. Na prática, Leão não quer que sua equipe se convença de que não precisa mais crescer. "O que eu disse outro dia ainda vale. O Palmeiras vem dando alegria aos seus torcedores, não pelo espetáculo, mas pelos números. O segredo é ser cada vez mais simples e objetivo. Fugir disso pode ser perigoso." O respeito ao Inter fez o técnico se reunir com o grupo, para evitar que a euforia exagerada prejudique o desempenho neste sábado. "Tomei as providências em uma reunião. Já falamos que não temos excessos. Estamos em 11.º lugar e isso é motivo de preocupação. É um sinal que ainda devemos trabalhar muito mais." Como trabalha com um time inferior ao do Santos campeão brasileiro de 2002 (Leão era o técnico), e sem o entrosamento do São Paulo de 2004 (era ele o técnico), o treinador se viu obrigado a ceder em suas convições. Exemplo: o Palmeiras tem jogado muito mais defensivamente do que Leão gosta. Explica que "hoje, minha tática é mais defensiva do que ofensiva. Não gosto disso, mas o momento exige. Já melhorei um pouco, passando dos três zagueiros para dois. Ainda temos muito a fazer. Ainda estou esperando bem mais dos nossos alas. Com o tempo, eles vão melhorar. Tempo é fundamental, nem o time titular foi definido. Antes de achar os 11, é preciso desenhar a filosofia tática da equipe. Até lá, o time tem de ser transpiração, vontade e humildade." A expectativa do técnico é a de que o time repita hoje, diante do Inter, os bons resultados das últimas rodadas. E que os concorrentes que estão no pelotão da frente também voltem a tropeçar. "Cada vez que o pelotão da frente não ganha e nós ganhamos, a diferença diminui. Ganhamos pelo menos dois pontos a cada rodada. Nesse ritmo, vamos subir cada vez mais. Claro, temos de fazer a nossa parte, vencendo o Inter, o que não será fácil." Sem Marcinho Guerreiro, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, Leão confirmou a escalação do garoto Roger. No miolo de zaga, optou pela dupla Gamarra e Daniel. O técnico sempre foi adepto de uma defesa simples. "Gosto das coisas simples. Um rebatedor (Daniel) na zaga é muito importante." Só no ataque há dúvida. Leão confirmou o argentino Gioino na frente, jogando como pivô, mas ainda não decidiu entre Warley ou Washington, como segundo atacante. O treinador admite que não está muito satisfeito com o desempenho de ambos. "Preciso de uma resposta melhor dos dois. Se tenho um pivô, o outro tem que se comportar à altura." A novidade maior estará no banco de reservas. Pela primeira vez, desde a sua contratação pelo Palmeiras, Leão relacionou o goleiro Marcos para a concentração. No entanto, o titular neste jogo, contra o Inter, continua sendo Sérgio.

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