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Leão monta a ?seleção possível?

Poucas vezes a seleção brasileira disputou uma competição oficial com um grupo de jogadores tão inexpressivo, como o chamado para Copa das Confederações.

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Por Agencia Estado
Atualização:

Poucas vezes a seleção brasileira disputou uma competição oficial com um grupo de jogadores tão inexpressivo quanto o composto pelos 23 convocados pelo técnico Emerson Leão, hoje, para disputar a Copa das Confederações do Japão/Coréia. O próprio Leão reconhece que, com os atletas disponíveis, não dá para saber qual será o time titular. Para piorar, a comissão técnica errou, ao não se informar sobre a condição física do atacante Élber e teve de cortá-lo à tarde, depois de o ter chamado de manhã. Leandro, da Fiorentina, foi chamado para o seu lugar. O coordenador Antônio Lopes e Leão repetiram uma falha já cometida em outras convocações. A lista é conseqüência da limitação imposta pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) ao treinador, que não pôde chamar os jogadores de quase todos os times brasileiros que estão disputando competições. Pior: Leão ainda não pôde contar com algumas das estrelas estrangeiras o técnico deu a entender que Rivaldo e Cafu estão incluídos nessa restrição. "Foi uma necessidade aumentarmos o número de atletas", confirmou o treinador. "A França também estará sem o Zidane." Com as recusas em ceder atletas, desta vez dos clubes estrangeiros, Leão chamou apenas um jogador que não estava na pré-lista, em que constavam 35 nomes: o volante Vágner, do Celta de Vigo. Quando atuava no Brasil, ele era conhecido pelo temperamento complicado e por ser um volante que sabe atacar. Ele e Washigton só vão se apresentar no dia 23, depois de jogarem pelo seu clube. Os outros se apresentam no dia 20, quando viajam para Tóquio, onde chegam no dia 22. Apesar de ser uma surpresa na lista, Vágner tem chances de conquistar uma posição de titular no meio-de-campo. Afinal, cinco dos oito convocados para o setor nunca foram chamados por Leão apenas Vampeta, Robert e o ?xodó? do treinador, Leomar, já tinham sido lembrados. No ataque, Leão também repetiu apenas um nome: Washigton, que tem prestígio junto ao treinador. Ele apostava na volta de Élber, que teve a liberação pedida pelo Bayern de Munique e foi atentido pela CBF - o clube alemão quer que o atacante descanse e assim, se recupere de uma artroscopia realizada em abril. Agora, terá de escolher a melhor formação entre Anderson, Leandro e Washigton. Quanto a Magno Alves, é difícil entender a sua convocação. O atacante é reserva de Marco Brito e Agnaldo no Fluminense, equipe que foi desclassificada de todas as competições que disputou no primeiro semestre. Na lateral direita estão de volta Zé Maria e Evanílson, que nunca conseguiram se firmar quando eram convocados por Wanderley Luxemburgo. A zaga, que conta com os titulares, e a lateral-esquerda foram as únicas posições em que Leão pôde chamar os seus preferidos. Diante de um elenco como esse, o técnico admite que não tem idéia do time que vai entrar em campo no Japão. "Pelas circunstâncias, não podemos saber quem serão os titulares", disse ele, que escalou por antecipação uma equipe na convocação para os amistosos na América do Norte. Há uma certeza: os adversário não terão de enfrentar nomes de ?peso?, como Romário, Rivaldo e Roberto Carlos.

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