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Leão não mexe no time do Santos

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Por Agencia Estado
Atualização:

O Santos não muda o time que arrasou o União por 8 a 3, domingo, para enfrentar o Guaraní, do Paraguai, pela Copa Libertadores da América, nesta quarta-feira, às 21h45, na Vila Belmiro. Enquanto os jogadores dizem que pouco sabem sobre o adversário, o técnico Emerson Leão pede para que o último resultado seja esquecido e exige seriedade para evitar uma surpresa. "O espírito dos times da Libertadores é outro, principalmente os argentinos, os uruguaios e os paraguaios", ressalta o treinador. Ao contrário dos atletas, Leão se cercou de muitas informações sobre a equipe paraguaia, que até agora também só disputou um jogo pela primeira fase da competição - empatou por 0 a 0 com o Barcelona, do Equador, em casa -, vem de vitória no Campeonato Paraguaio e vai escalar quatro dos seis titulares da seleção que tirou o Brasil da Olimpíada de Atenas: Velasquez, Manzur, Torres e Gimenez. Dias vai ficar no banco e Alcides Rodas está machucado e nem viajou para o Brasil. Outro destaque do time paraguaio é o atacante Fukuda, que é titular da seleção principal do Japão. Elano, que sofreu entorse no tornozelo esquerdo, o mesmo que machucou na Seleção Pré-Olímpica, até poderia retornar, mas Leão preferiu deixá-lo de fora para que se recupere por completo. O que poderia ser um desfalque, na verdade é um problema a menos para o técnico, que, para reaproveitar o meia, seria obrigado a tirar do time Robson ou Basílio. Por mais que Leão tente conter a empolgação, o clima entre os jogadores é de otimismo em razão das boas atuações do time na estréia na Copa Libertadores (derrotou o Jorge Wilstermann, em Cochabamba, na Bolívia, por 3 a 2) e nos dois últimos jogos pelo Campeonato Paulista, vencendo o Santo André, por 3 a 1, no ABC, e goleando o União São João, na Vila Belmiro, por 8 a 3. Além da rápida recuperação de Robinho e Diego, que retornaram do Chile abatidos, cansados e sob acusação de terem sido os principais responsáveis pelo fracasso da Seleção Pré-Olímpica, a surpreendente ascensão do time se deve à fácil adaptação que Basílio teve com os novos companheiros, a ponto de se transformar em artilheiro, com a incrível média de dois gols por jogo nas três últimas partidas, e a confirmação do futebol de alto nível do ala Paulo César. Além disso, o meio-de-campo com Claiton no lugar de Paulo Almeida melhorou a qualidade do passe, embora deixe a zaga um pouco mais exposta. Leão, que havia previsto esse nível de produção do time apenas para o final de abril ou no começo de maio, acrescenta mais uma qualidade que o torcedor comum não vê. "O Robson, embora não venha fazendo os gols que todos esperavam dele, tem sido útil porque atrai a marcação de pelo menos um zagueiro e abre espaços para os companheiros de ataque e para os meias."

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