PUBLICIDADE

Publicidade

Leão quer adiar viagem de Gamarra

Por Agencia Estado
Atualização:

Emerson Leão não desistiu de ter Gamarra para o jogo contra o Paysandu, dia 5 de outubro, no Palestra Itália. O técnico ainda tem esperanças de contar com o zagueiro ? seja por bem ou por mal. Leão tenta persuadir o jogador na base da conversa, mas, se não conseguir, vai sugerir à diretoria que tome ?as medidas cabíveis?. Leão sugere que o clube cobre da federação paraguaia o tempo que não poderá contar com Gamarra ou então que desconte do salário do zagueiro os dias que ele não estiver à sua disposição. O técnico palmeirense quer que Gamarra se apresente à seleção paraguaia somente no dia 6, após a partida contra o Paysandu, perdendo, assim, apenas o compromisso do dia 8, contra o Botafogo, no Rio, e jogando contra o Vasco, dia 2 (domingo), também no Rio. O problema é que a Fifa determina que os clubes liberem os atletas convocados com quatro dias de antecedência a um jogo oficial, e o Paraguai enfrenta a Venezuela dia 8. Ou seja: Gamarra não poderia jogar contra o Paysandu, dia 5. Ele deve viajar para Assunção provavelmente na segunda-feira. Essa discussão é antiga, principalmente na Europa, onde representantes dos grandes clubes europeus têm pressionado a Uefa a fim de serem ressarcidos nos períodos em que ficam sem suas principais estrelas. A reclamação é ainda maior quando os jogadores viajam da Europa para a América do Sul para defenderem suas seleções nacionais. ?É tudo questão de bom senso. Que mal pode acontecer se o Gamarra jogar pelo Palmeiras na noite do dia 5 e amanhecer no dia seguinte no Paraguai??, questiona Leão. O técnico lembra que, na rodada anterior das Eliminatórias, o zagueiro foi liberado com seis dias de antecedência para enfrentar a Argentina. E sugere: ?O Gamarra, na verdade, tem uma dívida de gratidão com o Palmeiras, porque ele estava sem jogar na Itália e o Palmeiras foi lá buscá-lo. Se ele estivesse sem jogar, não estaria hoje na seleção de seu país.? Gamarra ainda não se posicionou publicamente sobre o assunto. Ao próprio Leão, o zagueiro teria dito que a decisão não cabe a ele. Seria um caso para a diretoria do Palmeiras resolver diretamente com os dirigentes da federação paraguaia. ?Eu já cobrei essa atitude da nossa diretoria?, afirma Leão. ?Não dei um prazo. Mas quero uma definição rápida?. O supervisor de futebol Ilton José da Costa é quem tem tratado do assunto com os paraguaios. Para se classificar para a Copa do Mundo pela terceira vez consecutiva, o Paraguai precisa de apenas um ponto em dois jogos: contra a Venezuela, dia 8, em Maracaibo, e diante da Colômbia, dia 12, em Assunção. Se não puder contar com Gamarra, Leão terá de escolher entre Gláuber, Leonardo de Paula e Leonardo Silva. O primeiro, por ser canhoto e jogar pelo setor onde Gamarra costuma atuar, seria o favorito na disputa. A chiadeira para liberar Gamarra tem justificativa: o paraguaio tem sido um dos jogadores mais regulares nesta ascensão do Palmeiras no Campeonato Brasileiro. ?Ele passa tranqüilidade e segurança para todo o setor defensivo?, elogia o goleiro Sérgio. Gamarra, 34 anos, tem contrato com o Verdão até 30 de junho de 2006. Ele é nome certo para o projeto que Leão e a diretoria têm para a Libertadores do ano que vem. A intenção é reforçar o time com mais atletas experientes, assim como o próprio paraguaio e o meia Juninho, e ainda mesclar com a base que já vem de alguns anos, como os volantes Marcinho Guerreiro e Corrêa. Reforços para 2006 - Os laterais Paulo Baier, do Goiás, e Léo, do Benfica, encabeçam a lista de reforços para o ano que vem, assim como o meia-atacante Rivaldo, do Olympiakos, da Grécia. Até a semana passada, aliás, a diretoria ainda tentava o empréstimo de Léo, mas o clube português não quis liberar o jogador. O diretor de futebol Salvador Hugo Palaia, que diz ter um ?presente de Natal? para a torcida alviverde, descarta alguns nomes que vem sendo especulados, como os dos meias Felipe e Petkovic, do Fluminense. Mas não nega que Fernandão, do Internacional, ?é um nome interessante?.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.