Publicidade

Leilão do Canindé termina sem lances e Portuguesa buscará acordo com os jogadores

Lance inicial era de R$ 74 milhões, equivalente a 60% do valor do terreno

PUBLICIDADE

Por
Atualização:

O leilão de parte da área onde o estádio do Canindé está localizado terminou nesta sexta-feira, às 14h21, sem nenhum lance formalizado. O lance inicial era de R$ 74 milhões, equivalente a 60% do valor do terreno. Agora será preciso remarcar para uma hasta pública unificada, o que só deve ocorrer em 2017. Até lá, o clube tentará um acordo com os jogadores para encerrar o processo.  A ação principal que gerou o leilão foi impetrada pelo ex-jogador da Portuguesa, Tiago de Moraes Barcellos. Outros cinco ex-atletas do clube, entre eles o atacante Ricardo Oliveira, atualmente no Santos, também fazem parte do processo. A advogada Gislaine Nunes representa o grupo nesta ação e requer mais de R$ 55 milhões.

Portuguesa acredita que processo de tombamento do Canindé ajudou a afastar interessados Foto: Daniel Teixeira|Estadão

PUBLICIDADE

O presidente da Portuguesa, Leandro Teixeira Duarte, buscou um acordo até quinta-feira para evitar o leilão do Canindé. Gislaine Nunes ligou para o dirigente no último momento, mas não aceitou conceder um prazo de 90 dias para que o clube pudesse estruturar uma proposta de acordo.

"Nós temos de pagar essa conta. A Portuguesa vai pagar, vamos buscar agora uma negociação com os jogadores. Temos de encontrar um denominador comum, um acordo que possamos ter condições de pagar, dentro da nossa realidade financeira", explicou Leandro Teixeira Duarte. Antes da tentativa do presidente, Conexão 3 Desenvolvimento e Negócios e Planova Planejamento e Construções chegaram a negociar com Gislaine após apresentarem ao clube uma proposta para revitalização da área onde está o Canindé e também não foram bem-sucedidas. As empresas ofereceram imóveis aos jogadores para encerrar o processo. O sentimento foi de alívio pela ausência de propostas no leilão. A Portuguesa acredita que ter dado entrada no processo de tombamento do Canindé ajudou a afastar os interessados. O processo está em andamento no Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico. O Condephaat aceitou abrir um dossiê preliminar, recebeu parte dos documentos e aguarda o restante da documentação. "Não foi uma atitude para salvar o nosso patrimônio. É uma ação para preservar tradições e memórias da cultura portuguesa", explicou Leandro Teixeira Duarte. O presidente pretende iniciar imediatamente as negociações com os representantes dos jogadores. "Temos de dar um fim nesta montanha de processos judiciais que não para de crescer", comentou Leandro Teixeira Duarte, que, no entanto, pode não ser o responsável por finalizar os acordos. O clube terá um novo presidente no dia 5 de dezembro. Hoje são três candidatos: Marco Antonio Teixeira, pai de Leandro, Alexandre Barros e Marcelo Carvalho, o Manga. "Esse é um ano decisivo para o futuro da Portuguesa. "Acredito que com um trabalho sério, profissional, temos condições de retomar o caminho."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.