MADRI - A Liga de Fútbol Profesional (LFP), que organiza o Campeonato Espanhol, se disse surpresa com a greve geral convocada pelos jogadores do país nesta quarta-feira. Exigindo um novo acordo coletivo, mais de 100 atletas prometem boicotar o início da competição, marcado para o dia 20. "Depois de mais de dois meses de negociações para chegar ao fechamento do novo contrato, a LFP tem mantido a todo momento uma postura dialogante", garantiu a entidade, em comunicado oficial divulgado nesta quarta. "A postura da LFP é de a todo momento avançar na negociação, de continuar trabalhando e de alcançar o quanto antes um acordo satisfatório para todos, estando sempre, e em qualquer circunstância, nossa porta aberta para todos."O ministro de Esportes da Espanha, Albert Soler, se mostrou confiante e pediu urgência no acordo para evitar o adiamento das rodadas iniciais. "É uma situação difícil porque a AFE (Associação dos Futebolistas Espanhóis) convocou greve, mas peço a eles que cheguem a um acordo, com responsabilidade, ainda que mínima. O lado positivo que vejo é que as duas partes se dizen abertas para negociar. As negociações não estão deterioradas", disse Soler. Em 2010, cerca de cem jogadores foram afetados por salários atrasados, num valor total de 12 milhões de euros. Neste ano, o número de jogadores dobrou e a conta saltou para 50 milhões de euros.