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Liderança de Rogério Ceni dá segurança ao campeão

Goleiro não foi tão artilheiro como nos anos anteriores, mas deu segurança ao grupo em momentos difíceis

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Por Redação
Atualização:

A importância de Rogério Ceni na conquista do título brasileiro de 2008 pelo São Paulo foi além das quatro linhas. Se neste ano o goleiro não foi artilheiro como de costume - fez quatro gols, contra oito em 2006 e sete no ano passado -, ele foi fundamental para segurar a pressão pelos maus resultados durante a competição e mostrou sua influência num jogo em que nem sequer estava escalado. Veja também: São Paulo é campeão brasileiro pela 6.ª vez na história Vitória sobre o Goiás dá o título para o São Paulo  Brasileirão 2008 - Classificação  Brasileirão 2008 - Resultados  Dê seu palpite no Bolão Vip do Limão Foi contra o Ipatinga, no dia 4 de outubro, quando o clube iniciava a reação que culminaria na conquista do título. Ele estava afastado por conta de uma lesão muscular, e não seguiu com o grupo para o interior de Minas. No dia da partida, porém, fez fisioterapia e viajou em seguida, num avião fretado, a tempo de se encontrar com os companheiros a participar da preleção antes da partida - que terminou 3 a 1 para o São Paulo. Pelo feito, Rogério Ceni foi citado como exemplo até por um rival: Vanderlei Luxemburgo, técnico do Palmeiras, usou essa viagem a Ipatinga como modelo de conduta ao dizer seu capitão, o também goleiro Marcos, não poderia reclamar da defesa palmeirense após os jogos. Dentro de campo, o capitão são-paulino também convenceu. Embora tenha marcado apenas um gol de falta, contra o Vasco, anotou outros três de pênalti e foi decisivo na função principal de um goleiro: defender. Embora a defesa não tenha sofrido tão poucos gols como em 2007, Rogério Ceni foi decisivo em vários jogos, como no empate por 2 a 2 contra o Palmeiras, no Palestra Itália, e na vitória por 2 a 1 sobre o Vasco, em São Januário. Rogério Ceni lidera o São Paulo com a autoridade de quem chegou ao Morumbi em 1990, com 17 anos, vindo de Sinop, no interior do Mato Grosso. Depois de anos na reserva, ele teve a chance de jogar no "Expressinho" que foi campeão da Copa Conmebol em 1994, sob o comando de Muricy Ramalho, e assumiu a camisa 1 em 1997, desde o começo deixando claro que não se tratava de um goleiro qualquer: com dois meses como titular, marcou seu primeiro gol de falta, contra o União São João. Até hoje, entre gols de falta e de pênalti, são 83 gols, que lhe dão a condição de goleiro com mais gols marcados na história do futebol mundial. Aliados à segurança debaixo das traves, Rogério Ceni fez mais uma vez valer a máxima de que todo grande time começa por um grande goleiro.

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