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Liga diz que Barcelona não jogará Espanhol se Catalunha aprovar independência

Vontade da região de se tornar país próprio afetaria participação do gigante europeu na liga espanhola

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Por Redação
Atualização:

A liga espanhola de futebol fez nesta sexta-feira um alerta ao Barcelona se a Catalunha continuar com seu processo de independência. O presidente de La Liga, Javier Tebas, disse que os clubes catalães não terão permissão para jogar o campeonato nacional se a região no nordeste da Espanha romper unilateralmente com o resto do país em um polêmico referendo planejado para 1º de outubro.

Tebas disse que um acordo para manter o Barcelona no Campeonato Espanhol não seria tão simples quanto a maioria das pessoas podem pensar, e o clube ficaria preso em uma liga catalã que "não seria muito melhor do que a liga holandesa ou algo equivalente".

Jogadores do Barcelona comemoram título da liga espanhola de 2016 ainda no gramado; cena não poderá se repetir em caso de independência catalã Foto: Pepe Marin/Reuters

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Um crítico do movimento da independência da Catalunha, Tebas declarou que o Barcelona não ganhará tanto com os direitos de transmissão pela TV estando distante da liga espanhola e "certamente não permanecerá como um dos melhores clubes da Europa".

O Barcelona poderia não ser tão afetado se a independência acontecesse através de um acordo com o governo espanhol, mas a situação se tornaria mais complicada se o rompimento surgir no atual cenário de conflito.

Líderes regionais da Catalunha desafiaram o governo espanhol no início desta semana quando convocaram um referendo para decidir se a região deveria tornar-se uma nova república. O tribunal constitucional da Espanha ordenou a suspensão do referendo, mas os líderes da Catalunha disseram que a votação ocorrerá de qualquer forma.

O tribunal constitucional decidiu anteriormente que apenas o governo nacional pode convocar um referendo de separação e que todos os espanhóis no país devem ter direito a voto quando se trata de soberania.

"Estou preocupado com o futuro de Barcelona se a independência acontecer", disse Tebas, que muitas vezes é criticado pelos torcedores e jogadores do Barcelona por tomar o que eles acreditam ser posições favoráveis do Real Madrid em muitas questões.

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"Fiquei surpreso com os comentários que disseram que o Barcelona poderia escolher onde jogar", acrescentou o dirigente. "É preciso dizer claramente que esse não é a caso. Não será tão fácil chegar a um acordo. A legislação espanhola tem que ser observada".

A lei espanhola permite apenas que equipes do país joguem na liga, mais os da pequena nação montanhosa de Andorra, que fica entre a Catalunha e a França. Isso significa que o Barcelona teria que ganhar o apoio do governo espanhol e que o parlamento precisaria aprovar uma nova legislação que desse às equipes catalãs uma exceção como ocorre com os de Andorra. "Este é um problema que os clubes catalães terão que lidar. A liga, para o bem ou para o mal, vai passar por isso", disse Tebas.

O Espanyol e recém-promovido Girona são os outros dois clubes catalães que estão jogando atualmente na primeira divisão da Espanha.

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