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Liga não salva futebol nos EUA

Por Agencia Estado
Atualização:

A Major League Soccer (MLS), que era a grande esperança dos norte-americanos de fazer o futebol virar um esporte popular no país, está em decadência. Depois da Copa de 1994, nos Estados Unidos, foi criada uma liga, como no basquete, no futebol americano, no beisebol e no hóquei. No primeiro ano, 1996, foi um sucesso e a média de público por jogo superou 20 mil pagantes. Em 2000, porém, decepcionou. A média caiu pela metade e as principais emissoras de televisão reduziram o espaço do futebol em suas grades de programação. "Eles só mostram cenas de algum jogo quando há violência ou alguma coisa que chame atenção, mas não lances da partida", comentou Dwight John, filho de americanos que nasceu no Brasil e vive em Los Angeles há 11 anos. Dirigentes da Federação de Futebol dos Estados Unidos acreditam, no entanto, que o quadro pode mudar em cinco ou dez anos, porque o número de crianças que pratica a modalidade é muito grande. Por enquanto, contudo, existe apenas a expectativa. "A faixa etária das pessoas que acompanham esporte é de 18 a 32 anos; e esse grupo vai ver em peso o futebol americano", afirmou Warner Leménager, representante da Federação de Futebol. Ele foi o responsável por recepcionar a seleção brasileira na chegada ao hotel Marriot, região central de Los Angeles. Warner considerou normal o fato de nenhum torcedor ou jornalista acompanhar o desembarque dos jogadores do Brasil. "Eles conhecem apenas o Romário, mas a maioria não sabe quem é o Vampeta, o Christian..." O dirigente contou que a Copa de 94 aumentou demais o interesse da população pelo futebol no país, que, depois, acabou estagnando. O teto salarial de um jogador na MLS é de US$ 250 mil por ano, pouco mais que o salário de Romário em apenas um mês. Os atletas mais ´caros´ que atuam na MLS são aqueles que estão em fim de carreira, como o alemão Matthaus e o boliviano Etcheverry. A próxima temporada terá início no próximo mês. São 12 os clubes que participam do campeonato, divididos em três grupos de quatro. A boa participação dos Estados Unidos nas eliminatórias deve ajudar a MLS a voltar a atrair interesse, segundo Warner Leménager.

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